Becas


 

.

 

 

 

Florianópolis, 08 de fevereiro de 2015

 

 

À CAL - Comissión para América Latina de la UNIMA
A/C Srª Susanita Freire

 

Os cursos realizados neste verão, promovidos pela Caixa do Elefante Centro Cultural de Projetos e Pesquisas, com o apoio e o patrocínio da CAL, proporcionaram a oportunidade de um espaço investigativo e formativo localizado em Morro Reuter, interior da Serra Gaúcha/RS.

 

O Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo é um projeto da companhia Caixa do Elefante, com o intuito de conciliar o desenvolvimento da arte do teatro de animação com a integração sustentável do homem com a natureza. Para tanto, estabelecer parcerias duradouras como esta com a UNIMA é de vital importância para o sucesso deste projeto, ainda em fase embrionária.

 

Lembramos que dois foram os cursos realizados:

 

- Curso 1 : Desdobramentos do corpo: técnicas ilusionais para autonomia ficcional no objeto animado", com a companhia Caixa do Elefante, de 05 a 11 de janeiro de 2015.

 

- Curso 2 : "Territórios Desconhecidos", com a Cia Lumbra e Clube da Sombra, de 23 a 30 de Janeiro de 2015.

 

Através do Programa de Bolsas 2015 da CAL/UNIMA, distribuimos 02 bolsas para o primeiro curso e 02 para o segundo curso, totalizando 04 bolsas oportunizadas para os sócios UNIMA com suas obrigações em dia.
As Bolsas consistiram em hospedagem, alimentação, materiais didáticos e translados de Porto Alegre- Morro Reuter- Porto Alegre (a passagem e gastos de viagem, de sua cidade até Porto Alegre foram por conta dos bolsistas). Após seleção feita pelos ministrantes dos cursos, tivemos:

 

Selecionados para Curso 1:
1) JÂNDI CAETANO DE MATOS - URUGUAI
2) JOANA VIEIRA VIANNA - PARAÍBA - BRASIL

 

Selecionados para Curso 2:
3) MARIA NOEL ALPUIN CABRERA - URUGUAI
4 ERNESTO JOAQUIN FRANCO RODRIGUES - URUGUAI

 

O curso foi amplamente divulgado através de blogs específicos, redes sociais (facebook) e mailing da companhia Caixa do Elefante e da companhia Lumbra, além da CAL/UNIMA. Todas as vagas foram preenchidas, totalizando 20 oficinandos (10 no primeiro curso e 10 no segundo). O trabalho de imersão apontou caminhos para descobertas pessoais e treinamentos que provocaram intensas reflexões sobre o fazer artístico de cada participante.

 

Os princípios da animação, praticados e analisados como capitais culturais da arte teatral, como sistema organizado de conhecimento técnico do ator e como potencialidades para elaboração dramatúrgica, foram enfatizados em ambos os cursos.

 

É difícil descrever todos os acontecimentos e como eles repercutirão no trabalho pessoal de cada artista ou coletivo, e cremos que somente o tempo nos mostrará com clareza. No entanto, temos esperança de que esta semente plantada com muito amor venha a crescer e transformar-se em frondosa árvore.

 

Importante é frisar que o trabalho realizado pelos ministrantes dos cursos e pela administração do projeto foram doados, uma vez que o valor obtido com os cursos manteve apenas suas despesas de custo. Tal iniciativa deve-se à expectativa de que este projeto possa vir a ser subsidiado através de outros projetos de formação e capacitação.

 

Em anexo enviamos fotos e alguns depoimentos dos cursos.

 

Agradecemos o esforço da CAL e de sua diretoria, empenhada no desenvolvimento de nossa arte, e manifestamos nossos sinceros votos de continuidade ao apoio de programas de formação.

 

Atenciosamente,

 

Paulo Balardim
Caixa do Elefante Teatro de Bonecos

 


 

ATENÇÃO!
a TENSÃO chama ATENÇÃO
ATENÇÃO, INTENSÃO e A-TENSÃO para direcionar a ATENÇÃO

 

por Joana Vieira, atriz, mestranda pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, contemplada pela CAL/UNIMA com bolsa integral para participar do curso
“Desdobramentos do corpo: técnicas ilusionais para autonomia ficcional no objeto animado”, no Vale do Arvoredo Espaço de Residência Artística pelo Grupo Caixa do Elefante - Bolsista CAL/UNIMA

 

Participei de uma imersão artística com o Grupo Caixa do Elefante, de 04 a 11 de janeiro de 2015, no Vale do Arvoredo, Morro Reuter, Rio Grande do Sul, Brasil. Foi uma experiência incrível, pelo contato com as pessoas, com a natureza e com o teatro de animação. A qualidade das pessoas, do espaço e da formação artística, fez com que esta experiência tenha sido muito intensa, e riquíssima; também, porque há uma complementariedade entre estes três itens.

 

As pessoas que participaram e ofereceram o curso, estão, de alguma forma, envolvidas com arte, e as experiências de vida, na multiplicidade de olhares, operam uma transformação. Os integrantes do Grupo Caixa do Elefante, principalmente Paulo Balardim e Carolina Garcia, que ministraram a oficina, além do inegável conhecimento em teatro, deixaram claro que o principal “conteúdo” é o afeto. Este princípio se aplica ao teatro e à vida: a qualidade está ligada ao cuidado. Cuidado que se tem com os detalhes, com o que se coloca em cena e com o que se aprecia no dia-a-dia: o que se come, o que se contempla, o que se pensa...

 

Com relação ao espaço, trata-se de um lugar incrível e muito bem cuidado, perfeito para um trabalho de imersão. A natureza, exuberante e acessível, com uma vasta área de mata preservada e um rio muito próximo, faz com que as pessoas se distanciem de suas preocupações rotineiras e do stress. O diferencial do espaço proporciona um estado de imersão, de “desligamento” do mundo quotidiano e ao mesmo tempo “re-ligamento” com a natureza.

 

Uma das primeiras coisas que fiz, no mesmo dia que cheguei no Arvoredo, foi tomar um banho de cascata, e que incluí na minha rotina diária, assim que acordava. Com as energias renovadas e organizadas para o trabalho, percebia estar em um estado mais atento e contemplativo, em contato com o divino, que é a própria natureza.

 

Percebo que o trabalho de formação artística proposto está relacionado com esta interação com a natureza e as pessoas, e também trata de um conhecimento específico de teatro, que foi abordado de forma dinâmica e divertida.

 

O curso “Desdobramentos do corpo: técnicas ilusionais para autonomia ficcional no objeto animado” tem como objetivo “a prática aprofundada de técnicas corporais do ator para a simulação de vida autônoma no objeto teatral animado, num trabalho de imersão artística”.

 

Percebo que o curso cumpre com o objetivo que se propõe a realizar e o ultrapassa, ao proporcionar uma experiência única, não só de contato e interação com outros artistas e a natureza, mas também, na prática teatral.

 

Pude perceber que, para tornar crível a vida em um ser inanimado, primeiro é preciso ter consciência de como ela (a vida) opera em mim, no meu corpo. O sopro divino que me anima, é evidenciado na respiração, nos batimentos cardíacos, na forma com que me movimento, nas potencialidades e limites do meu corpo e na minha interação com o mundo. Da mesma forma, com uma observação mais detalhada aos impulsos orgânicos e emocionais, é possível fazer com que um objeto inanimado, aparentemente, possua vida, personalidade:

 

O movimento do objeto animado deve ser portador de uma intensão (desejo, ação), consciência (um olhar que segue um movimento) ou um mínimo de vida biológica (respiração). O movimento associado à vida é imperativo. (BALARDIM, 2004, p.105).

 

Outro fator importante abordado no curso foi a observação das proporções e medidas existentes no corpo humano, estudo denominado antropometria. Ao analisar as proporções entre cabeça, membros, tronco, etc, é possível transpor tais proporções para qualquer forma que se proponha antropomorfa (1), seja um boneco bem estruturado ou um simples tecido. Importante também perceber a ação da força da gravidade, que no objeto, precisa ser simulada. Para isso foram realizados exercícios de ponto fixo.

 

Tendo consciência do que é necessário para que um o objeto teatral convença que possui vida, é importante criar uma expectativa e manipular a atenção do espectador, mostrando a ele o que precisa ser notado. Com este propósito, foram realizados inúmeros exercícios de foco e direcionamento de atenção. Pude perceber, nestes exercícios, a chave para as diversas possibilidades de interação com objeto teatral, na gradação da presença do animador em cena.

 

Sabendo que o animador sempre estará presente (mesmo quando encoberto), é possível trabalhar a atenção do público para que o foco da cena seja direcionado de acordo com o propósito da mesma, pois há momentos em que é interessante a relação ator-objeto ser notada; em outros, o foco deve estar no objeto, ou no ator, ou no espaço, ou na animação em si, ou no que a cena “pedir”. O fato é que as possibilidades são inúmeras, e a consciência, para o ator, de onde está o foco de atenção, faz toda a diferença para a atuação e para a cena.

 

Nesse sentido, ao realizar exercícios onde o foco de atenção deveria estar no objeto, onde o ator deve buscar o máximo de neutralidade, ficou claro que qualquer ruído corporal comunica, qualquer tensão chama atenção. Cabe ao ator buscar um estado de relaxamento e atenção ao mesmo tempo. Nesse sentido, cabe ao ator buscar a melhor forma de manipular o objeto, de forma que ele necessite do menor esforço e tenha a maior precisão, pois na ergonomia da manipulação, quanto mais confortável, maior a invisibilidade.

 

Ainda com relação à ATENÇÃO, ela foi muito trabalhada, em jogos onde os participantes buscavam estar alerta, trabalhando a cooperação, a confiança (em si e no outro) e a concentração. Foi gerado com isso, um espírito de grupo, onde sabíamos que podíamos contar com cada um dos participantes, reconhecendo as diferenças e potencialidades de cada um. Esse vínculo formado na sala de ensaio, nas trilhas, nos banhos de cascata, na beira da fogueira, não se defaz. Ele fica evidente na manutenção dos laços e também no resultado cênico apresentado no último dia de curso.

 

Há uma integração entre ator, objeto e espectador, no ato da cena; um pacto, um acordo entre os três, onde cada um desempenha o seu papel. O papel do ator é o de tornar a cena mais crível, contribuir para que aquela ficção não se desmanche, pois que é sutil e efêmera. O papel do objeto é o de contribuir material e simbolicamente à cena e o papel do público, de completar a ficção com sua imaginação. A cena é o jogo, onde a magia acontece.

 

Tenho tentado relatar neste texto, de forma didática, um pouco da minha experiência, mas acredito que este esforço torna tudo um pouco estanque e dissociado, além de não contemplar tudo o que foi aprendido. Na realidade, o sentido da palavra imersão foi vivenciado de forma muito intensa. Imergir, no sentido de mergulhar e se deixar dissolver, integrar-se ao todo; quando se percebe que você é a natureza, você é o outro, você é o jogo e este nunca acaba, aí sim, nota-se que algo se transforma profundamente.

 

A dimensão do tempo se modifica, por mais que exista a convenção cronológica e a rotina de trabalho. Algo se dilata quando eu posso, em dez minutos, renovar minhas energias em um banho de cascata: estes minutos reverberam por horas. Como a semana vivida, tenho certeza, reverberará por anos em minha vida. Fui revitalizada, com o afeto das pessoas, com a energia do espaço e com a potência do teatro.

 

Bibliografia:
BALARDIM, Paulo: Relações de Vida e Morte no Teatro de Animação - Edição do Autor, Porto Alegre, 2004

 

(1) Antropomorfo: quando o boneco tem a forma aproximada à do ser-humano

 


 

Macondo

 

por Jândi Caetano

.

Nossa!! Como escrever tudo o que aprendemos e sentimos, tinha que ser um Gabriel Garcia Márquez, foi muita coisa vivida nesta semana. Quem sabe se tivéssemos um questionário para ajudar a lembrar de tudo seria mais fácil. Memória... Terminal Rodoviário de POA, todo tempo Andre Susin sentado a 5 metros e não me toquei que ele ia para o mesmo lugar, parecia um turista alemão. No caminho com todos dentro da furgoneta já sentia que ia rolar algo lindo.
Quando chegamos um sorriso enorme estava nos esperando debaixo de um bambuzal amarelo era a Carol, depois conheci o restante do Grupo, Paulo, Viviana, Fabiana e Fabiola. Nos acomodamos em um espaço maravilhoso antes tivemos que escutar a lista de cuidados que se deve tomar neste bosque mágico; aranhas gigantes de 200 anos, macacos bugios que andam em grupo e que tem como armas sua própria matéria fecal, cachoeira que se transformam em rios de pedras e um casal de cachorros apaixonados um pouco bizarros, como dizia um mundo mágico que podia ser parte de Macondo de Gabo.
O curso, foi todos os dias, 6:45am na porta do refeitório onde eu me encontrava com Andre Susin, Joana e como índios íamos direto a cachoeira que estava uns 70mts antes enfrentávamos as aranhas e os largados e serpentes, alguns dias outros se juntavam.
Depois do maravilhoso café da manhã, massajes, estiramento e logo os jogos, cada dia os jogos iam se agrupando e sendo acrescentado com outros jogos que aos poucos sem notar, chegávamos a um resultado, algo que eu não podia imaginar que se podia em tão pouco tempo, Concentração, Ponto Fixo, Coro, Confiança Grupal, Atração / Repulsão, Improvisação, Animação de objetos de corpos e de bonecos. Muita coisa junta em tão pouco tempo, mas tudo com uma didática muito descontraída e solidária éramos um grupo consistente, parecia que fazia anos que estacamos juntos.
Tudo o que aprendi em estes dias me vai servir não somente para o meu grupo de teatro de bonecos, como para outras disciplinas que estou involucrado. Tenho muito para agradecer, pois tudo foi entregue de corpo e alma, não fiquei com nenhuma dúvida sem ser respondida. Gênios, todos e todas, que davam e recebiam o curso.
Me sinto parte desta família. Infelizmente não posso expressar tudo o que sinto com as letras pois falta muita coisa, por agora tenho muito para poder multiplicar aqui em Montevideo com outros sejam de teatro de bonecos ou de Tango ou Arquitetura. Excelente Curso.
Saudades.
Jândi Caetano

 


 

Habitar la Penumbra...

por Noel Alpuin y Ernesto Franco “Territorios desconhecidos” curso de vivencia en teatro de sombras.
Vale Arvoredo, enero 2015. Bolsitas CAL/UNIMA

.

Queremos agradecer a la CAL/UNIMA y a Caixa de Elefante por la oportunidad de recibir la beca, y felicitar la inteligencia de quienes propician y producen estas maravillosas formas de aprender y multiplicar el arte de los títeres. El acceso a este tipo de becas es una de las pocas posibilidades con que contamos en Uruguay para cursar un proceso de aprendizaje profesional y de alta calidad artística. Por los que además de agradecidos, nos sentimos comprometidos a fomentar y apoyar estas iniciativas. Confiamos en que ese fluido intercambio que se da año a año, genere las condiciones para la realización de actividades similares, que apunten a la profesionalización del trabajo titiritero en Uruguay.

 

Es difícil escribir sobre una experiencia de aprendizaje que aún sigue removiendo muchas cosas dentro de la cabeza y el corazón. Ese es, suponemos, el primer gran logro de este curso: la conmoción, lograr conmoverte. Es destacable el afinadísimo trabajo dentro del aula de los dos principales referentes: Alexandre Favero y Fabiana Bigarella, sombristas de una calidad humana y una profundidad artística admirable. En el espacio de la penumbra, misturan con pulso de alquimista, la mítica oscuridad del brujo, la practica científica de la psicología grupal y la pedagogía de la alegría que guarda el juego creador. En ese proceso nada queda al azar, el conocimiento es la única forma para moverse libremente en el territorio oscuro. En ese sentido la Compañía Lumbra ha concretado, a partir de una rigurosa sistematización de su trabajo, una metodología de creación, una forma de jaula, gaiola sin puerta ni trancas denominada Cineflux, que constituye una herramienta valiosísima a la hora de pensar un proceso de creación para teatro de sombras.

 

La vivencia implico un involucramiento total con la propuesta por parte de todo el grupo. Los diferentes orígenes, edades e intereses de los participantes generaron un grupo tan diverso como comprometido. Todos traíamos una idea, sueño, deseo o pesadilla, algún dibujo o bozeto y la ansiedad de echar luz sobre todo lo que pudiéramos.

 

Fuimos advertidos desde el comienzo que en la penumbra los tiempos son otros, el espacio es otro, y las personas también comienzan a ser un poco otras, tal ves porque la sombra continua siendo construida con el mismo material con que fue creada hace millones de años: oscuridad. Viajar hacia las historias que guarda nuestra sombra, es una tarea nada sencilla, y que contiene como todo lo que se trama en penumbras, algo riesgoso. El clima de trabajo y la guía de los profesores fue la mejor para transitar ese proceso de manera armónica y altamente productiva.

 

Nos quedan las ganas de profundizar los conocimientos en futuros encuentros, la expectativa de incorporar el lenguaje de las sombras a nuestro que hacer titiritero y un cariño enorme por todas las personas con las que convivimos durante la vivencia, sentimientos de gratitud y solidaridad.

 

Residencia:
La residencia artística en Vale Arvodero además de una experiencia inolvidable es una instacia muy importante de aprendizaje sobre convivencia y encuentro tanto con los compañeros como con la propia naturaleza del lugar, cuyo poder potencia la vivencia creativa. El equipo todo, desde que uno llega hasta que uno se va, esta ahí para ayudar, compartir y acompañar. Todos los detalles desde el más ínfimo al más necesario están cuidados y preparados por el equipo de trabajo y producción. Todo está a disposición, pero nada se desperdicia o sobra, la optimización de los recursos materiales y humanos torna sustentable el lugar, aportando a un clima de profundización del conocimiento y no de consumo de informaciones.
La alegría y el compromiso de todo el equipo generan un sentimiento de pertenencia que dejan, dentro de uno, las ganas de volver siempre.

 

 

Intento varias veces imaginar
la caverna
intento
pero no puedo.
Ese lugar asociado a lo primario.
Pronto muy pronto
Me desconciertan los detalles:
No visto un abrigo de oso
ni siento el miedo a las fieras salvajes.
Sin embargo a cada día que avanza el curso
el sentimiento colectivo
Es realmente igual a entrar en un territorio desconocido.
Allí no se ingresa como a una caverna.
Él desciende sobre ti
se instala a tu alrededor.
Te cubre como eso que los antiguos
Llamaban la “Gran Sombra”,
la Noche.

 

Fragmento del diario de VIVENCIA
Ernesto

 

 

Sombra
luz
miedo.
Encuentro con mi oscuridad
encuentro con los otros y con el juego más primitivo.
Sombra
imprevisible
indescriptible
in-visible
¿Porque será que no recuerdo la primera ves que te vi?

 

Fragmento de diario, reflexión del primer día de trabajo.
Noel

 


 

Informe Oficina dictada por "Pigmalio Escultura Que Mexe"

 

por Rosana Lopez

.

El taller tuvo una duración de dos semanas, jornadas desde las 9 a las 18 hs, mañanas abocadas a la manipulación y las tardes a la construcción.
Cada alumno construyó su propio personaje, bajo la consigna de "anti héroe" cada marioneta tomó una característica particular que definía su personalidad, fue de mucho crecimiento ver como cada alumno, resolvió formalmente cada personaje para transmitir esas características.
El sistema de articulaciones y comando que trabaja Pigmalião es muy particular, permite lograr movimientos y expresiones totalmente realistas. Conseguimos construir marionetas con acciones de verdaderos humanos en miniatura.
Con nuestros personajes en mano, primero en pares experimentamos la vinculación en escena de marionetas, para luego montar una muestra final donde se vinculaban todos los personajes, bajo la dirección de Eduardo Felix.
La experiencia fue maravillosa, desde el hostel brindado por la CAL UNIMA, sencillo, impecable y con una atención sumamente amable hasta el profesionalismo, la generosidad y el cariño de cada integrante de Pigmalião.
La compañía "Pigmalião Escultura que mexe" tiene una estructura muy bien organizada donde cada integrante es responsable de diferentes áreas, lo que fue de gran importancia para el taller - oficina ya que en cada duda que surgió sabíamos perfectamente a quien recurrir lo que hizo que los tiempos se optimizaran y cada minuto se aprovechara al máximo.
Los compañeros que tomaron el taller fueron parte fundamental en la riqueza de esta experiencia, cada uno de ellos profesionales con mundos tan diversos como valiosos.
Se presentó para mí en el comienzo una barrera que fue el idioma, ese obstáculo fue sorteado al muy poco tiempo gracias a la paciencia y el cariño de maestros y compañeros.
El tiempo libre fue utilizado para visitar otras compañías de bonecos, el trabajo con títeres que se hace en Belo Horizonte es maravilloso!
Contamos a lo largo del taller con las marionetas de Pigmalião, pudimos investigar sobre manipulación con trabajos de un nivel excepcional, también tuvimos a nuestra disposición bibliografia de diferentes partes del mundo sobre trabajo con marionetas, fue para mí una oportunidad única de conocer y disfrutar ediciones de libros increíbles.
GRACIAS a mis compañeros de taller-oficina, GRACIAS Pigmalião, GRACIAS a la Comisión para América Latina de Unima por dos semanas de un crecimiento que supero por miles mis expectativas, ahora en Mendoza proyectando nuevas marionetas para seguir dando vida a este arte milenario y maravilloso de los seres hilados.

 

Rosana Lopez
Compañía " Con el alma en un hilo" 22 (Argentina)

 


 

Uma experiência muito intensa

 

Informe de Carolita Borba

.

Foi uma grande oportunidade, para mim, ter recebido essa bolsa da Comissão para América Latina de Unima. Fui muito bem recebida pela Cia "Pigmalião Escultura Que Mexe". Pude aprender muito nesse tempo que passei com eles. Pude ver de perto os bonecos da Cia, um trabalho incrível, minucioso. O grupo todo foi muito generoso em compartilhar suas técnicas de construção e detalhes de seus processos de criação.
Aprendi a projetar, a usar ferramentas que nunca havia experimentado, e que tinha um certo receio em usar (serra de fita, lixadeira elétrica, furadeira), e ir, pouco a pouco, ganhando confiança e vendo a madeira ganhar forma. Gostei muito da metodologia usada, de, a partir de um jogo definido de construção de personagens, perceber a possibilidade de criarmos bonecos únicos, com personalidade, dos mesmos materiais, técnicas semelhantes e de uma mesma escala.
Além da construção, também fizemos um intenso trabalho corporal, fundamental para o ator/manipulador, trabalho diário de alongamento e aquecimento (especialmente para as mãos) para trabalharmos com técnicas de manipulação de objeto (tecido), boneco de manipulação direta, além do boneco de fio.
A abordagem envolveu estudos dos movimentos, da expressividade, e das diversas possibilidades de relações entre atores, bonecos e público. Adorei a forma como a vivência foi administrada, de modo que interagíssemos com todos e trabalhássemos em grupos, aumentando as possibilidades de relação. Foi uma experiência muito intensa e ampla, sou muito grata por isso.

 

Carolita Borba

 

 

Fotos

Curso 1 - Desdobramentos do Corpo
Fotos: Roger Lisboa

 

 

Curso 2 - Territórios Desconhecidos
Fotos: Roger Lisboa

 

 

 

 

Notícias sobre os cursos

 

Site http://www.caixadoelefante.com.br

Data: 05 de Dezembro de 2014

 

 

Site http://www.caixadoelefante.com.br

Data: 08 de Janeiro de 2015

 

 

Site http://www.caixadoelefante.com.br

Data: 30 de Janeiro de 2015

 

 

Blog: http://cursodeverao.blogspot.com.br

Postado desde Novembro de 2014

 

 

Blog: http://www.valearvoredo.wordpress.com

 

 

 


.

Siguiendo las huella del títere tradicional

.

por Sergio Murillo (vicepresidente de la UNIMA Colombia y titiritero de El Baúl de la Fantasía)

.

Introducción

Desde que regresé a Colombia le he dado vueltas a cómo escribir mi experiencia vivida en la Escuela de Verano, que organizó la UNIMA Federación España, UNIMA Euskal Herria y el TOPIC en Tolosa, España; así que decidí hablar del aprendizaje que cada taller me dejó, más allá de las técnicas aprendidas y las metodologías expuestas en clase, rehuyendo de hacer un resumen de las clases. Haré especial énfasis en los talleres dictados por Chris Geris y Salvatore Gatto, porque son los más pertinentes para un proyecto que estamos realizando en este momento con El Baúl de la Fantasía.

.

Antes de comenzar, quiero agradecer a la CAL-Comisión para América Latina de UNIMA por brindar estas becas para titiriteros latinoamericanos que creemos que la formación es la herramienta principal para fortalecer este arte.

.

Enseñanzas de vida

.

Inocencia y creatividad
El taller de Rene Baker, sin dudarlo un sólo momento, fue el que más superó mis expectativas, pues a pesar de que no trabajamos con mi compañía el tema de títeres en la pedagogía, ni en terapia, me amplió la manera de abordar los títeres. De forma muy generosa nos abrió sus brazos, para brindarnos sin límite lo que ella sabía de la relación de títeres y pedagogía.

.

Su taller principalmente trató de cómo podemos estimular la imaginación de los niños en el aula para acrecentar sus capacidades de lenguaje y por ende las maneras de percibir la realidad. Me encantó como el títere puede ser usado por los niños para que digan cosas que ellos no son capaces de decir, por ejemplo cuando han sido víctimas de abuso. También fue alucinante ver cómo con los títeres bocones podemos ayudar a los niños con problemas de lenguaje a mejorar la pronunciación de las palabras.

.

La manera clara y sencilla de explicar de Rene, enamoró a todo el alumnado, sus ejercicios tan dinámicos y creativos detonó una multiplicidad de ideas que podemos utilizar en las aulas con los niños, para jugar y ampliar sus capacidades imaginativas, motoras y cognitivas. La enseñanza más grande de la maestra, fue la manera tan humilde, sencilla y profunda de acercarse a los títeres y a los alumnos.

.

Vida después de la vida: crónica de un místico titiritero

.

El taller más espiritual y apasionante fue el del maestro Chris Geris, quien nos enseñó a ser como dioses y transmitir nuestra energía a unos pequeños bloques de madera para que tuvieran vida. Fuera de todo el despliegue técnico y artístico, que nos brindó generosamente, quiero resaltar varias enseñanzas muy valiosas que me dejó este maestro entre las que se encuentran: 1) el compromiso del titiritero con el público, 2) la relación mística que se genera cuando se hacen títeres y 3) el reto de hacer títeres en la calle.

.

Chris, desde hace más de cuarenta años se ha dedicado a descubrir el límite de la madera. Comenzó realizando muebles y escalera, pero no le daba una satisfacción, por lo cual decidió estudiar arte y empezó a construir instrumentos musicales; a pesar de estar más cerca a lo que buscaba, no le daba aún la suficiente satisfacción para dedicarse a ser lutier. Sin embargo, cuando estaba investigando en libros sobre instrumentos antiguos, encontró una imagen detonante, que sería la brújula que seguiría como artista. Vio una ilustración de un músico que tocaba una flauta y un tambor, y a su vez con sus piernas animaba una marioneta; le alucinó la idea de poder hacer dos tipos de interpretaciones a la vez: una con instrumentos musicales y otra actoral con una marioneta. Fue tal su fascinación que comenzó a investigar más sobre este tipo de marionetas que se llaman “plansjet”. Nunca vio a nadie que lo hiciera, así que el junto con su esposa Mieke, decidieron volverle a dar vida a este tipo de teatro popular.

.

Recuperando la música, instrumentos y títeres de la época medieval, salieron a la calle con un poco de incertidumbre de lo que podría ocurrir con el público. Sin embargo después de terminar la pequeña obra, Chris vio en el rostro de las personas una expresión viva, de éxtasis, que nunca antes había visto cuando había hecho muebles por encargo. Chris, se interesó tanto en este tipo de vínculo que creó con el público, que decidió ampliar su obra con nuevos números de música y bailes con títeres.

.

Sin mayores pretensiones y sin saber cómo, comenzaron a tener una fuerte acogida en el mundo de teatro, especialmente en el de los títeres, llevando sus espectáculos a muchas partes de Europa. Así como los antiguos artista de la Comedia del Arte, Chris comenzó ganándose la vida en la calle, lo cual para él es lo más difícil que puede existir, pero lo más gratificante. Según él, producir un espectáculo para un teatro, no tiene tanto riesgo para el artista, pues el público paga su entrada, entra, se sienta, aprecia y por lo general se queda hasta el final de la obra ya que ha pagado por verla.

.

En cambio en la calle la gente es libre, no ha pagado por ver ningún espectáculo, y sin embargo cuando se encuentran con uno, se enganchan, crean un vínculo con la obra y con el artista, abriendo un espacio en su afanosa cotidianidad para disfrutar del arte; es un constante riesgo para el artista callejero mantener un buen espectáculo, pues depende de eso su sobrevivencia; debe saber crear una reacción, enamorar al transeúnte cuyo propósito está alejado del arte.

.

Para él, el arte popular ha sido muy importante porque lleva consigo un mensaje, una crítica a la sociedad, pero a su vez una manera distinta de acercarse a la realidad, ya que los títeres pueden decir la verdad en la calle sin ser censurados, cosa que no ocurre con las personas. La música y los bailes con títeres que realiza Chris en algún momento de la historia fueron prohibidos por la iglesia católica. Para él presentarse en la calle es un hecho mágico, donde desconocidos entran en el círculo estético que el artista propone y todos disfrutan, generándose un vínculo efímero pero a la vez duradero.

.

Para Chris es un misterio inexplicable cómo el artista logra impregnar de vida a unos pequeños personajes de madera. Explica que esa capacidad de dar vida procede de Dios. Según el maestro, la historia de los títeres, sus orígenes tuvieron una relación muy profunda con el mundo ritual, y sobre todo con el tema de la muerte. Todo este tipo de rituales en occidente fueron condenados por emperador romano Constantino, quien decidió establecer como religión del Imperio Romano al Cristianismo, prohibiendo así todos los juegos y rituales que existían de marionetas.

.

Más adelante en el siglo XII, San Francisco de Asís, viendo la ignorancia que reinaba en el pueblo y que la gente no entendía las misas en Latín, decidió pedirle permiso al Papa, para hacer una obra sobre la Navidad con actores, para que la gente se acercara de otra manera a la religión y a Dios, el cual fue concedido. El primer año fue un éxito, sin embargo para el siguiente año no hubo mujer alguna que pudiera representar a María, así que San Francisco decidió cambiar a los actores por marionetas al estilo de los Pupi Sicilianos. El éxito fue tan grande que decidió la iglesia comenzar a celebrar la Navidad con marionetas en toda Europa; incluso según Chris, algunos sacerdotes promovieron la utilización de las marionetas para explicarle a sus feligreses algunas historias bíblicas.

.

Cuando sucede esto, la gente vuelve a tener la libertad de jugar con títeres y es en Italia donde posteriormente se más se fortalece éste arte. Los juglares y artistas itinerantes se convirtieron en la única forma para el pueblo de recibir una forma de conocimiento diferente al establecido por la iglesia.

.

Para Chris su trabajo sigue teniendo el mismo propósito de hace varios siglos y es brindarle a las personas otras formas de entender la realidad a partir de una experiencia mística que se da entre artista, títere y público.

.

Irreverencia y anarquismo: el estúpido inteligente
Aproximadamente hace unos doce años, cuando yo iniciaba mi carrera como titiritero vi un espectáculo de Pulcinella, tenía un ritmo frenético, una musicalidad absurda y un espíritu hilarante; quien estaba detrás de esos pequeños y alocado títeres de madera era Salvatore Gatto. Desde ese momento quedé enamorado del teatro de títeres popular y sobre todo de ese arquetipo del loco que encierra Pulcinella. Desde entonces alucinaba con la posibilidad de aprender este tipo de teatro.

.

Desde hace un año comencé a investigar las raíces del teatro de títeres popular y aprendí que a lo largo de la historia se han creado personajes con distintas fisionomías y particularidades, cada uno relacionándose de manera diferente con el cosmos, dependiendo del área geográfica, cultura y contexto histórico, en el que haya nacido, pero lo que hay en común es que todos estos personajes tienen un espíritu libertario y rebelde, críticos de lo socialmente establecido, fustigadores de las injusticias y simbolizan a los oprimidos.

.

En mi investigación me encontré con personajes tales como: “Pulcinella” (Italia), “Punch” (Inglaterra), “Don Cristóbal” (España), “Kasperl” (Alemania), “Dom Roberto” (Portugal) “Vasilache” (Rumania), “Jan Klaassen” (Holanda), “Karagöz” (Turquía), “Guiñol” (Francia), extendiéndose por América Latina creando personajes tales como: como “Benedito”, “Cassimiro Coco”, “João Redondo” (Brasil), y “Manuelucho Sepúlveda: la mera astilla remediana” (Colombia), personaje que desde 1944 había muerto. Así que decidí traerlo a la vida de nuevo, pasando un proyecto al Ministerio de Cultura de Colombia para crear un espectáculo, el cual fue aprobado.

.

Era para mí un reto esta empresa, pues no había maestro ni nadie que siguiera haciendo espectáculos con Manuelucho, así que el taller con Salvatore Gatto, me cayó como anillo al dedo, pues tanto Pulcinella como Manuelucho comparten un arquetipo de personalidad, un género teatral, una técnica y un espíritu de teatro callejero y popular.

.

Salvatore, anarquista e hijo de la tradición de la guarattele napolitana, inició su clase diciendo que él no nos enseñaría nada, que tendríamos que robarle su conocimiento. Y así fue que durante los días de taller los estudiantes no dudamos en halarle la lengua para que nos revelara sus secretos y él de manera generosas nos los fue entregando. Así aprendimos a utilizar la lengüeta (bueno, no todos lo lograron), a construir los títeres, animarlos y a adquirir el ritmo trepidante de los cachiporrazos. Creo que tan solo seis clases fueron la punta de un gran iceberg, que ahora quiero descubrir.

.

Para mí, el haber aprendido a utilizar la lengüeta es un gran logro, pues es tener un objeto mitológico en mi boca, un don entregado para poder decir la verdad sin ser juzgado, es la máscara de la voz(1), bajo la cual me puedo esconder para ser escuchado.

.

Después del taller con Salvatore, para mí, Pulcinella representa energía desborda, personaje que camina con paso resuelto, un viajero sin fronteras que se transforma su apariencia en cada cultura y país. Peregrino sin rumbo fijo, sin necesidad de querer encajar en una sociedad enferma que busca coartar las libertades personales, libre de cualquier juicio, al margen de cualquier prohibición. Este personaje es la locura primigenia, donde sólo existe la acción, no la intención. Es irreverente y sin ataduras, por lo cual le se atreve a decir la verdad a quien se le atraviese por su camino, es un estúpido inteligente que sabe dejar en ridículo las instituciones sociales más “firmes” de nuestra sociedad.

.

.

.

1) Ésta definición de “máscara de la voz” se la escuché en el 2012 a Bruno Leone, cuando participábamos en el “Festival Internacional de Títeres Rosete Aranda” en Tlaxcala, México

.


.

Escuela de Verano de Unima 2014
Informe de Rafael Brozzi

.

Entre el 30 de junio al 7 de julio de 2014, se realizó la Escuela de Verano de Unima 2014, donde tuve el honor de poder asistir a tres talleres muy interesantes que están fuertemente relacionados con el teatro de muñecos.

.

El primero de ellos, fue impartido por la inglesa René Baker en un interesante curso como es “El Títere y el Alfabetismo”, donde debo destacar la presencia de jóvenes estudiantes para profesor y también profesores y profesoras, que buscaban una manera diferente para llegar a sus alumnos. El profesionalismo de René es notable, nos da herramientas sencillas mediante los títeres, para obtener el resulta esperado, de forma sutil, como llegar a obtener lo que queremos del alumno con nuestro mediador, el títere.

.

Técnicas de acercamiento, confianza y juego, todo esto mezclado del carisma, simpatía y por sobre todas las cosas, respeto, que caracteriza a René como educadora.

.

El segundo de estos talleres, fue realizado por el mismísimo Chris Geris, un genio en la talla de madera y en la construcción de la marioneta tradicional flamenca. Con un riguroso desafío, lograr construir manos, pies, cuerpos y la cabeza de una marioneta, en tan solo ocho días.

.

Entregándonos paso a paso, destalle a detalle, cada uno de sus conocimientos, dándonos alternativas, los pro y los contra de cada una de ellas. Las herramientas, el cuidado y el respeto que requieren, el manejo de una gubia, como se guarda, cual es el proceso de afilado y cuando requiere de él.

.

Realmente un trabajo muy completo y detallado, con una metodología rigurosa del trabajo y un esquema inamovible.

.

.

.

.

El tercero es el de Savatore Gatto, un maestro del títere tradicional italiano, con 34 años haciendo a Polichinela. Salvatore Gatto o Polichinela?, nunca sabía quién era quien o cual era cual, vivía constantemente en la duda, si fue Salvatore o el mismísimo Polichinela que hablaba por Salvatore. Un personaje napolitano de tomo y lomo, no habla español….ni le interesa, el dice que habla español… pero que la gente nunca le entiende, entonces por eso no lo habla jejejeje!. En el taller con Salvatore, aprendimos a fabricar nuestra propia lengüeta y cómo manejarla para no ser ingerida.

Nos habló del porque Polichinela tiene ese comportamiento y de su historia. Luego intentamos representar parte del trabajo que el realiza. Un Trabajo que requiere de mucha práctica.

.

Quiero destacar, que todos estos talleres han sido posible, gracias a la organización de la Unima Federación España, Unima Euskal Herria y e TOPIC Centro Internacional del Títere en Tolosa y gracias también a la Comisión para América Latina, que nos sirve entre otras cosas, como intermediario para lograr que año a año, el titiritero pueda ampliar su campo de conocimientos y obtenga nuevas ideas de como poder hacer un trabajo mejor acabado.

.

Y no quiero dejar fuera de estos agradecimientos a Idoya Otegui y su grupo de trabajo, que son fenomenales.

.

Gracias..
Informe de Rafael Brozzi

.

.

.

.


.

Títeres, Festa e Conhecimento em Matanzas - Cuba
Valmor Níni Beltrame - Brasil

.

A cidade de Matanzas - Cuba foi palco de inesquecíveis acontecimentos no período de 19 a 27 de abril de 2014, por ocasião do 11º Taller Internacional de Títeres e Reunião do Comitê Executivo da UNIMA. Seus moradores e visitantes de mais de 20 países desfrutaram simultaneamente de espetáculos teatrais, cursos, oficinas, exposições, conferências e, sobretudo, congraçamento e troca de conhecimentos.

.

A mostra de espetáculos brasileiros
Ampla e diversificada, possibilitou perceber o avançado nível de elaboração técnica e artística do Teatro de Animação hoje produzido na Ilha e em diversos países.

Do Brasil, Chico Simões, do Mamulengo Presepada apresentou o nosso já conhecido O Romance do Vaqueiro Benedito; e Osvaldo Gabriele e seu Grupo XPTO apresentou Lorca - Aleluia Erótica.

O público pode assistir a duas manifestações artísticas que dão a dimensão da diversidade do teatro de animação produzido no Brasil.

Se Chico se insere dentro das nossas tradições, Gabriele mostra um teatro contemporâneo que dialoga com as outras artes se apropriando de diversas expressões artísticas. Foi muito bom ver dois trabalhos com propostas tão diferentes contagiar as plateias cubanas.

.

Espetáculos cubanos

Eu poderia “passear” pelos espetáculos provenientes de diversos países presentes no evento, porém este não é o espaço adequado para isso. Gostaria somente de manifestar minha grata surpresa ao ver a qualidade dos espetáculos cubanos que participaram do Taller. Falo apenas de alguns trabalhos como El Patico Feo; Burundanga; Alícia en busca del conejo blanco, do Teatro de las Estaciones; Gris, do Teatro Tuyo; El solar de Villafañe, do Guigñol de Guantánamo; Tres, somos Tres, do Teatro Papalote; Romance em charco seco, do Teatro La Proa. Destaco nestes espetáculos o elevado nível técnico do trabalho dos atores e atrizes. É visível a sólida formação atoral dos cubanos, quase todos oriundos da Faculdade de Teatro da Universidad de las Artes, situada em Havana.

.

Comissão de Formação Profissional
Participei também da reunião da Comissão de Formação Profissional, da qual faço parte. A reunião aconteceu no Balneário de Varadero, sob a coordenação de Tito Lorefice (Argentina) seu atual presidente. Além das discussões sobre o Programa de Bolsas e sua ampliação para estudantes de teatro e marionetistas decidimos lançar, em 2015, uma edição da Revista Móin-Móin, inteiramente dedicada a Pedagogia do Teatro de Formas Animadas. A sugestão, entusiasticamente defendida por Irina Niculescu, pretende realizar ainda, colóquios sobre o referido tema em alguns países da Europa e Américas. Nós, Irina, Tito e eu, já estamos trabalhando nesta iniciativa.

.

Espaço Teórico Freddy Artiles
Móin-Móin Nº 11 - Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas

O Ciclo de Conferências, denominado Espaço Teórico Freddy Artiles, aconteceu diariamente na sede da Asamblea Provincial, ou seja, no Plenário da Assembleia Legislativa de Matanzas. É curioso pensar que naqueles dias os Deputados cederam lugar para que as discussões sobre teatro de títeres fossem ali efetuadas. Foram seis tardes proveitosas, com discussões teóricas, relato de experiências, lançamento e apresentação de livros e revistas.

.

No dia 23 de abril, quarta-feira, fiz a apresentação da Móin-Móin Nº 11 - Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas, que tem como tema central: Teatro de Títeres na América Latina. Destaquei que, dentre as diversas motivações que estimularam a escolha do assunto estão questões como: o que faz com que nós que fazemos teatro de animação na Região estejamos tão separados, tão distantes? Por que nos conhecemos tão pouco? Por que conhecemos e estudamos mais o teatro feito nos Estados Unidos e na Europa do que o produzido na América Latina? É possível falar em identidades na perspectiva de buscar compreender o que temos em comum e o que nos diferencia na prática do teatro de animação? Como nos vemos como artistas e intelectuais? Como convive o teatro de bonecos tradicional, ainda vivo em certos países, com o teatro de animação contemporâneo? Existem mudanças significativas no modo de criação dessa arte?

.

A abrangência territorial, a complexidade dos diferentes contextos sociais e culturais, as peculiaridades com que esta arte é produzida nos Continentes (América do Sul, América do Norte, América Central e Caribe); e as diferentes abordagens de temas suscitados pelas questões anteriormente levantadas exigiram a definição de um recorte temático: crises e transformações no teatro de títeres na América Latina. O propósito da revista é refletir sobre as diferentes maneiras como esta arte é produzida nos países de língua latina; identificar mudanças na poética dos espetáculos que, certamente, refletem o contexto social em que essa arte é produzida; analisar tensões como tradição e contemporaneidade; discutir a presença do ator animador na cena e seus desdobramentos, bem como a urgência na recuperação da memória desta arte.


Bonecos da Peça La niña que riega la albaaca
Exposição Títeres para todas las estaciones
Matanzas, Cuba


Chico Simões - Mamulengo Presepada, Brasília


Burundanga - Teatro de las Estaciones, Cuba
Rubén Darío Salazar, diretor; e as personagens
Lola Flores e Celia Cruz, interpetadas pelas
atrizes Marybel Garcia Garzón e Sara Miyares

 

Nesta edição Nº 11 reunimos dezoito artigos provenientes de 13 países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Peru, Porto Rico, Uruguai, Venezuela e Brasil. Possivelmente este é o dossiê mais completo sobre Teatro de Títeres na América Latina. Desconhecemos a existência de publicação com esse conjunto de textos refletindo de modo rigoroso e abrangente sobre este tema.Foi importante evidenciar as iniciativas da Comissão para América Latina - CAL, da Union International de la Marionnette - UNIMA, atualmente sob a presidência de Susanita Freire (Brasil), que, desde o ano de 2004, publica regularmente o Boletim Eletrônico La Hoja del Titiritero. A Hoja cumpre indispensável tarefa de agregar os titeriteiros e informar os acontecimentos relevantes sobre a arte dos títeres no Continente.

.

Teatro de Animação Brasileiro
Na palestra que proferi, quis apresentar de modo sintético e objetivo, dois aspectos do Teatro de Animação Brasileiro: 1 - as evidentes transformações pelas quais nossa arte vem passando no Brasil desde o final do anos de 1980; e alguns procedimentos no processos de criação de espetáculos na cena titeriteira do nosso país.
No aspecto relativo às transformações do nosso teatro destaquei:
A - A fundação da Brasileira de Teatro de Bonecos - ABTB, UNIMA Brasil, em 1973, e as oportunidades criadas para a reflexão, a formação proporcionadas durante cursos, festivais e diversas ações organizadas pela nossa entidade em várias regiões do Brasil, com o apoio de diferentes organismos estatais. Evidenciei a importância da publicação das Revistas Mamulengo entre os anos de 1973 até 1989.
B - A apresentação de espetáculos de alta elaboração técnica e artística de muitos grupos de teatro com trabalho contínuo atuando em diferentes regiões do Brasil colaboram de modo eficaz para criar uma imagem positiva dessa arte.
C - Mais recentemente, as atividades relacionadas à pesquisa e à formação, tais como a inclusão de disciplinas sobre Teatro de Animação em diversas Universidades públicas do Brasil e as publicações acadêmicas que resultam de pesquisas ali realizadas.
Estes aspectos somados e interligados têm ajudado a sofisticar técnica e artisticamente os espetáculos de teatro de animação e colaborado para esta arte mais reconhecida.

.

Processos de criação de espetáculos
Quanto aos processos de criação de espetáculos também três modalidades que, mesmo não sendo as mais frequentes, são visíveis no trabalho de grupos de teatro:
a) a recriação do regional/popular - A apropriação de elementos da cultura regional/popular na montagem de espetáculos de teatro de bonecos não é fenômeno recente. Desde os anos 60/70 essa prática é muito comum. Alguns elementos que nortearam a criação de espetáculos naquela época ainda hoje são utilizados, como por exemplo, a recriação de lendas, folguedos e falares do povo. Desde então, os espetáculos que se mantêm vivos e provocam alguma repercussão são os que ao invés de transpor expressões populares para o palco, as recriam, reinventam, incluindo elementos que tornam o espetáculo universal, ampliando as fronteiras do seu sentido e compreensão regional. O novo nesta prática reside no fato de contribuírem para o fortalecimento de identidades, ultrapassando os limites do que se poderia configurar como espetáculo baseado na cultura local, como algo pitoresco ou exótico.
b) a dramaturgia desconstruída ou a cena fragmentada - Este procedimento nasce do desejo de rompimento com as convenções de representação e construção do enredo. Para estes grupos, já não interessa o modelo clássico que repousa sobre a evidente clareza de informações da narrativa, que devem ser além de explícitas, coerentes, completas já no início do texto. Neste tipo de proposta interessa oferecer poucas informações, estimulando o espectador a fazer seu quebra-cabeças, cujas peças são dadas aos poucos, possibilitando a ele ir formando seu quadro, compondo com seu imaginário. A ideia de que o espectador pode, ele mesmo, a partir de estímulos apresentados criar uma narrativa própria, conta principalmente com o seu envolvimento emocional no espetáculo.
O trabalho da construção dramatúrgica consiste em percorrer outro caminho, diferente, tendo um tema central como princípio norteador. Nega-se o texto racionalista, a ideia de que o conhecimento e a experiência significativa só é possível através do pensamento lógico, do discurso e do intelecto.
c) as intertextualidades - Outra faceta que caracteriza uma nova forma de criação do espetáculo pode ser definida pelas intertextualidades. Trata-se de um procedimento que busca, em fontes existentes, os dados e elementos que fazem parte do texto ou da cena. Do ponto de vista da dramaturgia, consiste em recolher trechos de textos de diversos autores, nem sempre textos dramáticos, e que postos numa disposição dão um novo sentido, às vezes, diferente da intenção com que foram originalmente criados. A unidade temática é formatada pelo dramaturgo ou diretor que, ao utilizar material já existente assume a posição de "coletor", e com frequência usa o recurso da colagem e negligencia o encadeamento lógico de ideias.
Frisei que tais facetas que caracterizam alguns processos de criação de espetáculos são cambiantes, estão em permanente movimento e não raro se interpenetram, podendo estar às vezes mais, às vezes menos visíveis.

.

Enfim, ter recebido a bolsa da Comissão para América latina foi um privilégio porque me permitiu conhecer um pouco do teatro de títeres cubano, de outros países da América latina presentes como Bolívia, México, Nicarágua, Venezuela e Argentina; permitiu-me conhecer importantes personalidades do nosso teatro e com elas dialogar sobre nossos sonhos, desejos, problemas e perspectivas.

.


.

“Vivência no teatro de sombras” 2014 (Morro Reuter, Rio Grande do Sul, Brasil)
Rodrigo Hernández Sandoval - México D. F. a 08 de febrero de 2014

.

Mi asombro por recibir la beca es ahora muy pequeño comparado con el de la experiencia del curso que ahora atesoro. La asistencia a este proceso creativo colectivo se fue de las manos. Qué bueno es cuando las expectativas son rebasadas por lo vivido.

.

Después de un viaje por varios cielos a la hora indicada se nos recogió a varios de los asistentes al curso. Así pude conocer de camino a Morro Reuter a los primeros compañeros de esta aventura, entre ellos Luiz Paulo Barreto, Deborah Finocchiario y a Antonio Perra; Tu Fagundes, Tatiana Souza y a Cleomir Alencar.

.

Bienvenida en Vale Arvoredo

Llegamos luego de un viaje entre charlas, curvas y sonrisas a la Residência Artística Vale Arvoredo de Caixa do Elefante, quienes promovieron el mencionado curso. El recibimiento fue hecho por nuestros anfitriones que por días nos atenderían de manera incomparable, Paulo Balardim y Carolina Garcia que incluyó la presentación de los trabajos de los asistentes al curso de Desdoblamientos del Cuerpo.

 

Así conocimos después a quienes nos impartirían el curso, Alexandre Fâvero y a Fabiana Bigarella, ambos de la Compañía de Teatro Lumbra. Pronto también conocimos a quienes completarían el grupo del curso de Teatro de Sombras, Mani Torres, Alice Ribeiro - ambas presentaron un acto de animación con una títeres que cantaba para cerrar la bienvenida - y por último Cecilia Bruzzone procedente de Uruguay.

 

Después de la despedida a los asistentes del curso que nos precedió se nos acomodó a nosotros en las distintas estancias que nos tenían preparadas para los días venideros, la Casa Azul y la casa “Pachanga”.

 

Los primeros días nos preparamos en “iniciarnos” en el mundo de las sombras. Juegos como los de la gallinita ciega nos permitieron adentrarnos en la oscuridad, a la vez que constantemente recibíamos aspectos teóricos del teatro de sombras. Nos enteramos por parte de Alexandre y de Fabiana que el origen del empleo de las sombras para narrar historias tienen la edad del ser humano mismo y que ahora no sólo es empleada como una forma de entretenimiento y arte, si no como una terapia, ya que Fabiana es psicóloga de formación y se ha especializado en la sombraterapia.

 

.

Nos dejaron en claro Fabiana y Alexandre que la diferencia con otras artes escénicas está en la “actitud escénica”. Se extendieron con ejemplos prácticos y teóricos durante todo el curso, pues por dar un ejemplo, los denominados sombristas, tienen que estar todo el tiempo pendientes del “punto cero” entre la luz y el espacio de proyección ya que su actuación es la mayoría de las veces detrás de la pantalla.

Otras de las ideas compartidas desde la experiencia y la experimentación constante de los miembros de Lumbra es el tipo de elementos que necesitamos para realizar el teatro de sombras. Los cuales son determinantes para su efectiva presentación ante un público, tales como el espacio propicio para generar la oscuridad necesaria para direccionar la o las luces, otorgar el tiempo necesario de lectura para que los espectadores comprendan las imágenes que el sombrista proporciona a su espectador; siempre innovar la presentación para que con una ligazón de sorpresas la narrativa no decaiga.

Por lo anterior nos quedó claro a los asistentes del curso el por qué el teatro de sombras es perfecto para contar historias míticas o épicas, pues al dominar su lenguaje se pueden emplear símbolos para lograr efectos también subconscientes en quienes observan la representación.


Los convidados

.

Maestría en las sombras, Alexandre Fâvero

Llegó el momento de emplear las nuevas herramientas y comenzar a preparar nuestro trabajo con el cual nos presentamos antes del último día.
Quiero decir algo aquí muy importante. Las clases se impartían a medio día donde se atajaban las dudas y se preparaba lo que vendría mirando el atardecer, pues luego la siguiente clase se dictaba cuando eran las 6 de la tarde.

Tanto Alexandre como Fabiana nos aclararon desde la primera vez que hablaron al grupo, que necesitábamos las sombras de la noche para poder avanzar entre ellas y así sólo emplear la luz necesaria para los ejercicios.

Fueron noches con mucha luz, aprendimos a reconocer nuestra sombra, a hablar con ella, a que interactuara con otras y sobre todo la escuchamos preparándonos para decir con nuestro cuerpo lo que ella tenía decir.

Pero la sombra individual se convirtió a la vez en la sombra colectiva, la música, los demás compañeros, las indicaciones de Alexandre y de Fabiana; todo sirvió para que en el último de los ejercicios de preparación previos a nuestro proyecto personal, descubriéramos el universo paralelo que se abre cuando la oscuridad invade. Se abrazó la ausencia de luz, se abrió la puerta interior, se proyectaron luego así las sombras.

.

.

Nos preparamos para tratar de domar el arte. Todos optamos por recurrir a nuestro imaginario, a nuestro bagaje cultural y mística interior. Ya que Fabiana y Alexandre nos pedían a los diez integrantes que realizáramos nuestros rituales personales para inspirar nuestras sombras, convenimos en hacerlo con resultados que a cada uno nos reveló parte de nuestra oscura esencia.

.

Fue un ritual colectivo finalmente el que todos hicimos nuestra parte. Cada quien se convirtió en una sombra que abarcaba con su manto al siguiente, al de junto, al de enfrente; una comunión sin precedentes se estableció en todos nosotros sin proponérnoslo. Nadie hablaba de este suceso, sólo lo experimentábamos al pasar las horas. Fue un acto de bondad para con nuestras sombras, las que recobramos de nosotros mismos y que luego nos permitieron relatar sus historias.

.

Hubo quien coleccionó niños, existió alguien que se hizo pequeña en un mundo fantástico, hubo ojos aterradores que persiguieron; los árboles corrieron y nacieron mariposas y monstruos. La vista se perdió para luego recuperarse, las moscas tomaron por asalto el cielo y el fénix logró una escena incendiaria hasta que llegó el diablo de la lujuria. Así empezaba en realidad la cosecha de sombras nuestra última noche juntos.

.

Tu Fagundes

.

No puedo decir que con el día llegó la despedida. Realmente no lo puedo hacer, no es un aferrarme a concluir que se terminó un proceso de aprendizaje y que comienza uno de práctica de lo aprendido. Me he quedado allá en Morro Reuter y he regresado de allí con sus sombras, con su luz, con sus habitantes durante los días del curso.

.


Luiz Paulo Barreto y Rodrigo Hernández

.

Si cabe un agradecimiento en esta carta, creo que sería forzar el espacio en que escribo.
Por eso el agradecimiento se aglutinará sin miramientos de qué va antes o después.

.

A: UNIMA(s), en general, México, Brasil, Latinoamérica, Susanita Freire, los títeres y los titiriteros del mundo, del presente y del pasado; Víctor Navarro (México) y su piedra angular pachanguera, Fabiana, Alexandre, Viviana Schames, Ana Luiza Bergman, Sonia Velloso, Juan Zapata (Colombia), Roger Lisboa, Carolina y Paulo, todos con su corazón amante de las artes.

.

A la cachoeira, al río, a la tierra roja y a los árboles de distintos verdes, a los cantos nocturnos que no se me van de la mente, entre la espesura envolviendo Vale Arvoredo y dentro de la Casa Azul o en el Refectorio… a la luz y a la sombra.

.


.

La Comisión para América Latina de UNIMA y el XI TALLER de MATANZAS, Cuba, agradecen a los 19 artistas latino americanos que enviaron propuestas muy interesantes y de alto nivel, para participar del XI TALLER del 19 al 27 de abril 2014.

.

Becarios elegidos para participar del XI Taller de Matanzas 2014 - Cuba

Mamulengo Presepada - espectáculo: “O Romance do vaqueiro Benedito” con Chico Simões - Socio ABTB / UNIMA Brasil
Charla sobre: La Fabulosa história da Génesis del Mamulengo, según Januario de Oliveira, o mamulengueiro Jinú, adaptada por Hermilo Borba Filho e recontada por Chico Simões o de “Como la verdad anda por dentro de la mentira”.
.

Grupo Tiripitipis - espectáculo: “Leyendas de un Titiritero Antiguo” con Alejandro Jara y Yraima J Vásquez - Socios UNIMA Venezuela
Conferencia - espectáculo: “Títeres Milenarios de Mesoamérica” por Alejandro Jara.
Charla animada: “Titeroterapia, nueve años de títeres espontáneos en la Clínica Psiquiátrica de Maracay, Venezuela con Yraima J Vásquez.

.

Nini Beltrame, prof. UDESC - Socio ABTB - UNIMA Brasil
Propuesta de Charla/Disertación y presentación de la Revista Móin-Móin 11, especializada en teatro de formas animadas y titeres, dedicado este número a América Latina, con textos en español.
Distribución de revistas para las bibliotecas de Cuba
.
.

El Tenderete - espectáculo:” Los 3 Pelos de Oro del Diablo” con Armando Samaniego Canive - Socio UNIMA México
Espectáculo para niños con titeres de mesa confeccionados con material reciclado, después del espectáculo el público conversa con el titiritero y los niños con los personajes.

.


.

La Comisión para América Latina de UNIMA agradece la participación de muchísimos artistas titiriteros de los Centros UNIMA de América Latina que han mostrado interés haciendo inscripción para las Becas que ofrecemos.

.

Los Becados y Talleres son:
Cecília Bruzzone (UNIMA Uruguay)
Desdoblamientos del Cuerpo (Cia Caixa do Elefante) de 20 a 24 de Enero de 2014
.

Rodrigo HS (UNIMA México)
Vivencia en el Teatro de Sombras (Cia LUMBRA) de 25 a 29 de Enero de 2014
.

Las Becas comprenden, hospedaje, alimentación y curso, además del traslado de Porto Alegre a Morro Reuter, en la sierra Gaucha. Los becarios deben entrar en contacto con los organizadores de los cursos para saber los detalles.

.

Susanita Freire
CAL UNIMA

.


.

Pigmalião Escultura que Mexe y la Comisión para América Latina de UNIMA comunican
Organizado por el grupo Pigmalião Escultura que Mexe , en Belo Horizonte, Brasil
Taller Intensivo de Construcción y Manipulación de Marionetas de Hilo

.

Fueron seleccionados los Becarios para el Taller que se realizará del 13 al 25 de Enero de 2014.

.

- Guillermo Rodrigues (UNIMA Uruguay): Beca integral: Taller y hospedaje en Minas Hostel

.

- Edgar Hernán Moreno (UNIMA Colombia): Beca del Taller

.

- Tamara Couto (UNIMA Uruguay): Beca del Taller

.

- Jandi Caetano (UNIMA Uruguay): Beca del Taller

.

Felicitamos a los seleccionados y esperamos se comuniquen confirmando que aceptan la Beca, en estas condiciones.

.

Nos despedimos deseando a todos un Feliz 2014

.

Susanita Freire
CAL UNIMA

 

.

.

.

.

Cartas de Becarios

E o mundo ficou menor...
por Alex de Souza - Brasil

Último dia, últimos minutos, no último dos cursos da escola de verão da UNIMA 2013, em Tolosa (País Basco, Espanha). Entre alguns curtos e sinceros discursos de agradecimentos e despedidas, Manolo Gómez com toda a sua simplicidade e sabedoria nos diz: “Agora o mundo está menor, pois conheci mais pessoas. Agora conheço pessoas do Brasil, da Bélgica, do Chile, de Madri... pessoas espalhadas pelo mundo, que eu não conhecia. Agora que as conheço, essas partes do mundo estão mais perto de mim, então o mundo encolheu”.

     

E foi com esse sentimento de um mundo encolhido que voltei para casa refletindo sobre os oito dias vividos em Tolosa, com o objetivo de participar dos três cursos oferecidos pela TOPIC (Centro Internacional do Títere de Tolosa) neste ano, com o valioso apoio da Federação UNIMA Espanha, Centro para América Latina - UNIMA e Associação Brasileira de Teatro de Bonecos - ABTB, que concederam bolsas a mim e a dois outros artistas brasileiros. Pudemos dispor da fantástica estrutura da TOPIC, com suas salas de trabalho, materiais, ferramentas e teatro para conhecer de perto o trabalho de três distintos artistas/professores de teatro de animação: Stephen Mottram, Rene Baker e Alejandro Szklar.

Movimiento secuenciado y marionetas
Um dos objetivos do curso do britânico Stephen Mottram já é por si encantador: “como fazer com que o movimento de uma marionete seja mágico para o espectador”. Durante as 40h de curso, vimos que até chegar ao ponto de uma marionete de fios ter um movimento mágico para a plateia que assiste, há muito o que descobrir. O material a ser utilizado, as ferramentas corretas para o trabalho, o modo como o movimento se realiza na natureza, o modo como tal movimento pode ser reproduzido a partir de fios e madeiras, como acionar e controlar o movimento... Por fim, entre descobertas, frustrações e acertos, cada um de nós pôde compreender a magia de um belo movimento sequenciado, capaz de encantar tanto a plateia quanto o próprio artista.
Além de grande construtor e animador de marionetes, percebemos em Stephen Mottram um artista sensível, simples e generoso, sempre disposto a dividir seus conhecimentos conosco e estimular por meio de desafios a nossa própria criatividade.

Poética de la sombra
O teatro de sombras é uma forma de teatro de animação paradoxalmente simples e complexa, conforme pudemos constatar com o artista argentino Alejandro Szklar. Nas curtas 21h de curso, experimentamos diversas possibilidades poéticas desta modalidade teatral. Criando cenas em pequenas caixas de papelão ou em grandes telas; utilizando velas, luminárias, focos de luz artesanais, retroprojetor ou potentes refletores de teatro; confeccionando silhuetas em papel-cartão, utilizando objetos ou o próprio corpo; ou às vezes misturando os elementos, usando a luz como silhueta ou o corpo como tela.
Um momento muito especial se deu quando Stephen Mottram foi convidado a participar conosco em uma cena, na qual buscamos integrar duas modalidades tão distintas: marionetes de fios e sombras. O resultado foi “poeticamente sequenciado e mágico”.
Ficou a sensação de que o curso foi incompleto, pois poderíamos ter prosseguido com as experimentações de cada elemento trabalhado por meses seguidos, mas provavelmente este será um trabalho para agora, quando retornamos às nossas casas e digerimos o que vivenciamos para aproveitar em nossa arte daqui para frente.

 

  

Marioneta e terapia: El títere y el objeto, médium y mediador
A inglesa Rene Baker, no curto tempo de 7h de curso, nos proporcionou uma visão geral das possibilidades que bonecos e objetos podem contribuir na área da terapia e pedagogia. As práticas demonstradas no curso vão além do uso terapêutico, sendo também valiosas para a pedagogia teatral. Isso se dá pelo histórico de Rene Baker como professora, diretora e artista de teatro de animação.
À medida que o mundo fica menor ao conhecer novas pessoas, maior se torna a lista de agradecimentos àqueles que proporcionaram não só novos conhecimentos, mas novas experiências de vida e amizades. Meus agradecimentos aos três gentilíssimos e humanos professores escolhidos para o Curso de Verão deste ano; à Idoya Otegui, Karmele Cruz, June Gerriko, Itsaso Azcárate, Enkarni Genua e toda a equipe da TOPIC por todos os auxílios e acolhida; à ABTB e CAL-UNIMA pelas bolsas disponibilizadas, especialmente à Susanita Freire, pelo acompanhamento e zelo por nós; aos colegas de cursos: Manolo, Arantza, Fernando, Felipe, Corrado, Mariso, Chema, Ivo, Claudia, Raquel, María, Rosa, Dimitri, Ascen, especialmente aos colegas-bolsistas-brasileiros-amigos Márcia Alves e Leandro Silva.

Alex de Souza
São José/SC
16/07/2013

 

______________________________________________________________

Relato de minha experiência, impressões e aprendizados.... Ou porque Bonequeiros são seres desandados na vida !
por Leandro Silva


Apresentação de encerramento da Oficina Poética da Sombra (Alejandro Szklar),
com participação especial de Stephen Mottran e suas marionetes.

No período de 01 a 08 de Julho de 2013 vivi uma das mais significativas experiências de formação, intercâmbio e fortalecimento de laços, como artista bonequeiro. Desde Maio me vi animado, excitado com uma bolsa para participar das oficinas na Escuela de Verano promovido pela UNIMA Espanha e Topic (TOPIC - TOLOSA PUPPETS INTERNATIONAL CENTRE), em Tolosa - Espanha.

Malas prontas, passaporte na mão, muita expectativas e embarquei nesta aventura com mais dois brasileiros queridíssimos: o Alex Souza, artista bonequeiro, de Florianópolis - SC e Márcia Alves, de São Vicente - SP.

Os Aprendizados
Realizamos três oficinas de formação profissional nos espaços de Topic: “Marionetes e Movimento Sequenciado”, com o marionetista inglês Stephen Mottram, “Poética da Sombra”, com o sombrista argentino Alejandro Szklar e “Títeres e Objetos: Médium e Mediador” com a educadora e titiriteira inglesa Rene Baker. Diariamente, nos dedicamos a processos de formação intensos, de cerca de 8 horas diárias. Não chegava a ser cansativo, pois cada proposta de formação era muito instigante, desafiadora e inspiradora.

Na Oficina com Stephen, pudemos imergir em exercícios e reflexões sobre a importância do movimento no teatro de bonecos, especificamente nas marionetes. Stephen nos falava da importância de este movimento ser algo “mágico” para a plateia. Mágico no seu sentido bem literal mesmo: Onde reside a magia, o encanto do Teatro de Animação senão na ilusão paradoxal de objetos inanimados, “mortos”, com movimentos e atitudes “vivas”? Fomos ao âmago do encanto da arte com títeres - do seu sentido mais estético e antropológico à técnica e precisão da criação e do movimento.

Como parte destas reflexões, fomos desafiados a elaborar um projeto individual de marionetes, com proposta de movimento sequenciado e inspirado no movimento animal. Dureza! O meu projeto “Ondina” deu um nó na minha cabeça, do desenho à construção do protótipo. Daí ao movimento sequenciado foi outro longo caminho. Quantos aprendizados! Tive que pedi socorro ao Stephen algumas vezes. Era um corre-corre por cada centímetro quadrado do atelier de Topic, todo mundo calejando as mãos e fritando os neurônios para construir um projeto com sucesso. O resultado final também pode ser definido como “mágico”: Ondina, dinossauros, aranhas gigantes, besouros humanóides, animais marinhos e toda uma gama de criatividade dos oficinandos, traduzidos em marionetes bem engenhosas.

Stephen é especial. Nos fez sair do curso com mais perguntas e curiosidade do que com respostas. Um caminho imenso de possibilidades se abre agora para cada um de nós, a partir de nossos singelos projetos individuais. Espero que um dia o meu “Ondina” seja um espetáculo encantador, de movimento mágico e que faça o público embarcar numa grande viagem, tal como fomos instigados a fazer durante a formação.


Trocando ideias de sombra e luz com o sombrista argentino Alejandro Szklar.

Com Alejandro Szklar, fizemos outra viagem: pelo universo poético, luminoso e, porque não dizer, sinistro da sombra. Mais que um curso de técnicas, a Oficina “Poética da Sombra” foi um grande laboratório de experimentações, de invenções, de arranjos e perguntas para se buscar a sombra, manipulá-la, deixar-se ser buscado por ela, ser manipulado por ela. Encantador! Alejandro Scklar me fez lembrar muitas vezes, seja pelo seu jeito de conduzir a oficina, seja pela metodologia utilizada, o sombrista Alexandre Fávero e a experiência vivencial que tive com o Lumbra, em Morro Reuters - RS, em Janeiro deste ano. Um professor afetivo com o grupo e efetivo no processo de formação. Formas, cores, silhuetas, luz, técnica, enredos, criação coletiva (sempre!). Assim fomos conduzidos a investigar a linguagem teatral da sombra. Penso que ela não nos abandona mais. Foi maravilhoso revisitar a sombra e sua teatralidade poética.

Rene Baker me causou incríveis impressões com sua mini oficina sobre as possibilidades de uso pedagógico e terapêutico do teatro de animação - o títere e o objeto como médium e mediador de processos. Apontado como uma tendência e um caminho novo, ainda pouco explorado, me reportou logo ao meu Projeto Fuzuê. Desde 2006 atuo com o Teatro de Bonecos baseado na “ideia fixa” de que este pode colaborar com processos educacionais, de saúde e de ativismo social. Fiquei contente por saber que, aos poucos, artistas e grupos pelo mundo estão aderindo a esta concepção de forma comprometida. De repente, não me senti mais só na multidão.

O Museu de Topic
Idoya Otegui, diretoria de TOPIC, mediou uma visita nossa ao museu de teatro de bonecos. Aqui cabem algumas considerações sobre a pessoa carismática de Idoya. Juntamente com sua equipe, foi muito presente acompanhando as atividades, acolhendo e encaminhando necessidades individuais ou coletivas. Uma amiga. Uma apaixonada por títeres.

O museu é uma experiência única, difícil de descrever. Se ver diante de tantos tipos de bonecos, de tantas possibilidades, filmes, sons, materiais de estudos, etc, tudo dedicado à arte bonequeira é de encher a alma. Encontrei no museu de tipos antigos, orientais, raros, aos nossos alegres Mamulengos. O mundo inteiro está representado ali na figura emblemática do Boneco. Um museu diferente, onde podemos está perto dos títeres, até tocá-los, se entregar aos seus encantos.

Ao sair do museu, copilei dois aprendizados muito pessoais: a grandeza e a humildade da arte com bonecos.


Mariona, a mascote de Topic.

A grandeza está em sua diversidade, surgindo em todo mundo como uma manifestação cultural autêntica e antropologicamente arraigada em nós. “Os títeres são imprescindíveis. Só não sei para quê”. A frase, de autoria anônima, está no elevado de Topic. Sim! São imprescindíveis, mesmo que não os compreendamos. Somente quem ainda não teve contato com um títere pode falar de sua inutilidade. Para quem teve, mesmo que eles não sejam uma presença constante, os consideram necessários para a vida. Por quê? Quem sabe! Humanos fazem títeres. Títeres é uma prova concreta de que somos o que somos. Talvez seja só por isso. Não é possível explicar isso de forma exata. É uma subjetividade.

A humildade grita no coração do artista quando ele visita o museu. São tantas possibilidades, tantos tipos, todos tão belos, tão únicos em meio a esta diversidade toda que a conclusão que chego é: não existe trabalho maior ou menor no Teatro de Animação. Existem possibilidades. Cada um de nós expressamos uma possibilidade, inventamos uma. Ninguém será a primeira nem a derradeira palavra nesta arte. Nada é definitivo. Diante de tanta beleza e surpresas, o museu nos ensina a importância de reverenciar e respeitar o trabalho do outro, dentro de tudo que ele tem de beleza, potencial e de limites.

A grandeza e a humilde de nossa bela arte. Valores que revisei com carinho no museu.

Bonequeiros são uma grande família !
Não tem essa de sermos assim ou assado, porque se é brasileiro, espanhol, belga, inglês, italiano, francês. Bonequeiros reunidos são uma grande família !

Foi neste espírito de fraternidade, carinho e amizade que todo o curso transcorreu. Quantos risos, brincadeiras, gracejos e cafés nós partilhamos! Quantos abraços !

E eu que andava tão preocupado com o idioma, ou com a falta dele, pouca falta senti. Sorrir é uma linguagem universal. Além de bonecos, todos éramos experts em sorrir. E assim, todo mundo se entendeu.

Relevância para a carreira profissional
A experiência em Topic é certamente um divisor de águas importante para minha carreira. Penso que para cada um dos artistas e curiosos que participaram das oficinas e conviveram por todos aqueles dias lá. De forma especial para mim, três importantes saberes permeiam a minha prática e reflexão com Teatro de Bonecos, com reflexos em projetos e atividades futuras:

1 - A importância do aprimoramento da técnica, tendo como lastro uma base conceitual clara. Fala-se muito na importância da inter-relação entre teoria e prática e, no caso da arte, da entrega e da intuição. Fazer este caminho e perceber a base teórica interagindo com o labor no ateliê não é tão simples. Mas quando nos aprofundamos antes e durante em bases conceituais sólidas, passamos a ter mais domínio da nossa arte e isso agrega qualidade ao nosso trabalho, sejam oficinas ou espetáculos. O bonequeiro precisa de livros e espaços/ momentos de formação. Não só de serrotes, madeiras e estiletes. Isso observei em cada um dos professores, ministrando conteúdos de forma leve, mas sem “achismos”. Uma base conceitual clara somada a uma experiência prático-profissional sólida.

2 - Refletindo sobre a Oficina “Títeres e Objetos: Médium e Mediador” e na minha experiência com o Projeto Fuzuê, que propõe convergências do Teatro de Bonecos com temas sociais (educação, saúde, cidadania, etc), percebi o imenso vácuo bibliográfico que existe dentro deste tema, do Teatro de Bonecos enquanto Instrumento e Processo, interagindo e colaborando com outras temáticas, com a vida e o mundo. Sinto-me profundamente instigado a sistematizar e refletir esta experiência em um projeto de livro para o próximo ano, ou 2015 no máximo. Penso que existem muitas experiências assim mundo afora. Se cada artista pudesse sistematizar e disponibilizar isso de alguma forma, seja por uma publicação, seja pela internet, poderíamos de alguma forma reduzir este vácuo.

3 - Não somente eu, mas penso que a maioria dos oficinandos passaram muitas dificuldades para estar em Tolosa fazendo esta formação. São as dificuldades com o tempo, o dinheiro, a logística de uma viagem, etc. Em nenhum momento pensei em desistir, mesmo quando a ida parecia irremediavelmente comprometida. Fui. Voltei. Valeu muito à pena. Não conseguiria sozinho. Amigos me ajudaram, nem que fosse dando uma palavra de incentivo. Aprendi que não podemos desisti daquilo que queremos. Parece óbvio e piegas, mas muita gente fala da importância da gente fazer aquilo que gosta, viver o seu sonho. Quase ninguém sabe o quanto isso custa. Custos emocionais, incompreensões, falta de incentivos de alguns porque a coisa não dá dinheiro. Dinheiro é de menos. A gente tem que investir pesado no sonho que tem. Investir vontade, disciplina e crença nela. Dinheiro chega, vai embora. Podemos ir da pobreza à fartura por diversas vezes ao longo da vida. Mas não se tem duas vidas para se viver o sonho pessoal. Itsaso me falava isso, sorrindo de minha trajetória pessoal, de como os bonecos me desandaram na vida. Bonequeiros são seres desandados na vida. E são felizes, porque esta vida é pouca para tanto sonho e tanta imaginação que se tem e que os Bonecos nos permitem expressar e compartilhar. Troquei um terno por um colete colorido. Não tenho dinheiro. Mas estou feliz. Estou bem !

Agradecimentos
“As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo” (Epicuro)

Parece que foi ontem, mas por todo sempre meu coração será só gratidão !

- À UNIMA INTERNACIONAL / Comissão para a América Latina, na pessoa de Susanita Freire. Uma queridona, que nos acompanhou desde o resultado da seleção, durante os perrengues para organizar a viagem e com quem compartilhamos os primeiros aprendizados. É só chamar inbox que ela, antenadíssima que é, está de prontidão !
- À TOPIC e UNIMA Espanha, na pessoa de Idoya Otegui. Grato pela acolhida e amizade que nos devotou durante toda a estadia em Tolosa.
- Aos colegas brasileiros, Márcia e Alex. Que barbaridade foi está com vocês, rindo de tudo, rindo às vezes pra não chorar e rindo até chorar de tanta alegria. Partilhamos muitas coisas juntos, inclusive um sonho bom de reencontro e até de trabalho coletivo e colaborativo. Vai rolar! Vai rolar !
- Os oficineiros, Stephen, Alejandro, Rene. Todos tão generosos em abrir suas experiências profissionais, conceitos e visão de mundo para partilhar conosco. Deus os abençoe !
- Aos colegas da Oficina, todos e todas! Quero saudá-los e agradecê-los na pessoa de Manolo e Encarni, artistas maravilhosos e acolhedores. Penso que eles representam o sentimento do grupo todo !
- De forma especial a Itsaso que, no meu retorno, me hospedou em sua casa com tanto carinho e me levou a um passeio cheio de descobertas pelas ruas da antiga San Sebastian. Espero voltar a abraçá-la. Para tomar uma cidra e ouvir um som do Bruce Springsteen.
- À nossa colega de hospedagem, a madrilena Raquel Reinoso, que no fim das contas estava mais brasileira que os três brasileiros juntos.
- Ao amigo Antônio José (Fortaleza - CE) e minha irmã, Leonarda Alves (Jandira - SP), que me deram força na organização da viagem, item por item. Sozinho a gente não é nada !

Porto Alegre, 25 de Julho de 2013.
Leandro Silva
Artista Bonequeiro


Bolsistas brasileiros: Leandro Silva (Porto Alegre – RS),
Alex Souza (Florianópolis - SC) e Márcia Alves (São Vicente - SP).


Com Idoya Otegui (Topic Tolosa); no alto, a turma reunida; abaixo, com os professores.


Encarni e Manolo com a sua Mariona.


A gente divertiu muito também! Com Raquel, Chema, Conrado, Márcia e Alex.


Um cartão postal de San Sebatian para não esquecer.
Pôr do sol, sobre foto com a amiga Itsaso.
Fotos tiradas na mesma ocasião. Era o caminho de volta pra casa...

 

______________________________________________________________

A equipe de Topic nos recebeu tão bem, desde que chegamos, que me senti em casa, ....
por Márcia Alves

TOPIC é um sonho. Um espaço onde podemos experimentar, pesquisar e colocar em prática nossas idéias, nossas “viagens teatrais”.

A equipe de Topic nos recebeu tão bem, desde que chegamos, que me senti em casa, mas amparados,”paparicados” por nosso Anjo da Guarda - “Susanita Freire” - Presidente da CAL/UNIMA, a quem sou e serei eternamente grata pelo privilégio de ter sido selecionada para essa Bolsa, e que durante o período dos preparativos da viagem nos auxiliou tirando dúvidas e dando informações de grande valia e que, durante todo o tempo do curso nos acompanhou e cuidou, colocando-se a nossa disposição a qualquer hora. Enfim, sou imensamente grata a CAL/UNIMA INTERNACIONAL - Comissão para América Latina, na pessoa de sua presidente SUSANITA FREIRE; a TOPIC e UNIMA/ESPANHA, na pessoa de sua presidente IDOYA OTEGUI, por essa oportunidade.

 

Idoya sempre gentil, nos auxiliando em tudo. Nossa madrinha de Topic.

 


Alex de Souza, Márcia Alves, Leandro Silva (Bolsistas CAL/UNIMA 2013) e Idoya Otegui

Os colegas do curso, agora nossos queridos amigos, formaram um grupo muito unido, animado, prestativo. Felipe com muita paciência para me dar explicações; Corrado que estava sempre pronto a ajudar com as máquinas e ferramentas; Raquel, que já virou meio brasileira por ficar quase que 24 horas por dia com a gente; Itsaso , Enkarni, Manolo tão queridos; Rosa sempre atenciosa querendo conhecer nossa s cidades, nossa cultura, entender nossa maneira diferente de falar, mesmo sendo os três brasileiros; Mariso tão companheira; Ivo e Chema sempre alegres, criativos e rápidos no improviso; Arantza, com toda boa vontade para ajudar; Fernando, muito sério e compenetrado, mas que quando dizia “fiesta”, mudava tudo; tinha um jeito ímpar de falar e contagiava a todos; Cláudia, muito interessada nos efeitos das luzes; June, Maria e Ascen, atenciosas; Alex e Leandro, meus amigos de toda a vida, apesar de só nos conhecermos no curso e Dimitri, que no final tentou se comunicar melhor com os “tupiniquins” (indígenas brasileiros).

O fato de Alejandro Szklar, professor do curso de sombras, ter feito os outros cursos como aluno, participando junto conosco, criou uma afinidade e integração entre nós, fazendo com que o curso de Sombras transcorresse de uma maneira bastante criativa e produtiva.

Os cursos foram ótimos, acrescentaram muitos conhecimentos, ascenderam muitas idéias e despertaram novos sonhos.

Quero ressaltar e agradecer a humildade, a paciência e boa vontade dos três professores, Stephen, Rene e Alejandro em nos ensinar e passar seu conhecimento.

Espero que essa Bolsa continue sendo ofertada, para que outra pessoas tenham a oportunidade de conhecer Topic e de fazer cursos desse naipe, que com certeza, provocarão um divisor de águas em suas carreiras.

OBRIGADA ! OBRIGADA ! OBRIGADA !

CURSO “ MOVIMIENTO SECUENCIADO Y MARIONETAS” - STEPHEN MOTTRAN
Durante este curso, estudamos a importância do movimento para que a marionete tenha vida. Pesquisamos e experimentamos o movimento através de jogos corporais, manipulação de objetos e de marionetes.

Manipulamos pequenos objetos, como bolas de isopor e canudos plásticos, pedaços de tecidos para descobrir a importância do movimento, pois não é necessário que se tenha um boneco inteiro, cm cara, olhos, boca, etc , para que se veja um personagem o movimento cria o personagem.

Confeccionamos parte de uma marionete com intuito de descobrir o movimento ideal dessa marionete, no caso uma rã, que com certeza, acrescentou uma quantidade considerável de cabelos brancos a todos nós.


A Rã

 

E esse trabalho nos deixava tão envolvidos que, mesmo quando a aula já havia terminado, não íamos embora e então Stephen e a equipe de Topic nos colocavam para fora. Bom sinal, pois tínhamos gana de produzir.

Criar, construir e dar vida a uma marionete é um trabalho artesão baseado em estudos de engenharia mecânica, de anatomia, de desenho...

Costumava brincar com meus amigos dizendo que a primeira coisa que faria ao chegar ao Brasil seria me inscrever em cursos de Mecatrônica, Anatomia , Desenho, etc, etc...

Para que a personagem / marionete tenha um movimento preciso, limpo, real e nos faça crer que tem movimento próprio é necessário que pesquisemos esse movimento, seja de um ser humano ou de um animal, com base em sua anatomia. E depois reproduzir essa anatomia na confecção da marionete. É um trabalho lento, complexo, de muitas experimentações e muitas confecções de uma mesma peça até chegar ao que se pretende.

 

Corrado, Arantza, Manolo, Fernando, Alex e Leandro

A magia da marionete está no seu movimento.


Stephen Mottran e Alejandro Szklar

Cada aluno confeccionou uma marionete a partir do seu interesse em pesquisar o movimento, como por exemplo, Alex que fez uma arraia, Ivo fez um polvo, Rosa fez uma aranha, Leandro uma sereia, Felipe um macaco, Alejandro uma mão...

Eu confeccionei um humano porque me interessei muito pelos mecanismos dessas articulações. Enfim, todos tiveram bastante liberdade pra criar e explorar com toda atenção do professor.

Essa diversidade de criações foi muito produtiva, pois além das explicações a respeito de nosso trabalho, podíamos acompanhar as explicações a respeito do trabalhos dos colegas o que nos acrescentou muito.

Durante todo o tempo, o professor frisou que o objetivo do curso não era confeccionar um boneco com todos os detalhes, não era ter um boneco pronto, mas sim pesquisar e descobrir todas as possibilidades de movimentos que dariam vida a esse personagem.

Gostaria de dar continuidade a esse curso, pois foi de suma importância par mim, tanto que dias depois assisti uma apresentação de marionetes na rua e me peguei analisando cada movimento, como se estivesse ouvindo Stephen falando, e imaginando qual a maneira de realizá-lo melhor.

Uma única sugestão de mudança nesse curso é de que poderia durar mais dois dias, pois chegamos a conclusão, eu e meus colegas que seria o tempo ideal para que terminássemos nosso trabalho.

CURSO “MARIONETA Y TERAPIA” - RENE BAKER
Este curso era formado por um grupo de alunos diferente do primeiro, mas que também trabalhou de uma forma bastante integrada.

Rene era a calma em pessoa e nos transmitia essa tranqüilidade e, consequentemente, segurança para participarmos, pois as atividades nos levavam a uma exposição pessoal e íntima.

Neste curso, muitas vezes, não foi possível fotografar e filmar justamente por essa exposição. Rene teve esse cuidado, o que demonstrou o respeito por cada um de nós.

Participamos de várias atividades utilizando objetos, bonecos e figuras que faziam o papel de mediador, para que, através de uma comunicação simbólica, expuséssemos nossos tabus naturalmente.

Exercitamos atividades que tanto podem ser aplicadas a crianças como adultos, de forma pedagógica e /ou terapêutica, na escola, em um grupo de teatro ou individualmente, com objetivo de detectar problemas e encaminhar para soluções,assim como desenvolver o potencial de comunicação simbólica de cada um.


Rene Baker

É interessante notar o poder que esses objetos tem em possibilitar a comunicação através deles. É muito mais fácil falar através deles, pois, “não sou eu quem está dizendo, mas sim o objeto”, então ele pode dizer qualquer coisa, sem sofrer censura, crítica ou preconceito.

CURSO “POÉTICA DE LA SOMBRA” - ALEJANDRO SZKLAR
Neste curso, a mistura de recursos cênicos, o uso figuras, objetos, corpo humano, de técnicas de sombra nos levou a exercitar nosso lado criativo, tanto individual como em grupo, ao extremo.

Experimentamos vários tipos de equipamentos de luz e seus efeitos de telas com suas diferentes texturas; cores e ausência de cores; água; fogo, enfim um leque enorme de possibilidades e a partir daí, criamos movimentos, cenas, histórias...

Criamos cenas e a partir delas, continuamos a experimentar e criar e desenvolver etapas, num crescendo onde chegamos a incluir vozes e trilha sonora, enfim, um mini espetáculo.

E este trabalho foi realizado sempre de forma integrada com os outros grupos, onde depois da apresentação de cada trabalho, todos discutiam a respeito, davam sugestões e, a partir disso, era retomado e tornava-se mais elaborado.

O curso culminou com a junção das duas linguagens, marionete e sombras, quando realizamos uma cena com Stephen Mottran manipulando suas marionetes e o grupo projetando os diferentes tipos de luzes.

Foi uma ótima idéia de Alejandro e Stephen juntarem as linguagens, pois nos proporcionou mais experiências e descobertas.

Márcia Alves
Bolsista da CAL/UNIMA - Escuela de Verano Topic - 2013.
São Vicente - SP
Cia Loucotoches

 


Curso Vivencia no Teatro de Sombras - Morro Reuter - RS - Brasil
Porto Alegre, 29 de Janeiro de 2013

 

 

Florianópolis, 03 de março de 2013

 

À CAL - Comissión para América Latina de la UNIMA
A/C Srª Susanita Freire
 

Os cursos realizados neste verão, promovidos pela Caixa do Elefante Centro Cultural de Projetos e Pesquisas, com o apoio e o patrocínio da CAL, proporcionaram a oportunidade de um espaço investigativo e formativo localizado em Morro Reuter, interior da Serra Gaúcha/RS.

O Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo é um projeto da companhia Caixa do Elefante,com o intuito de conciliar o desenvolvimento da arte do teatro de animação com a integração sustentável do homem com a natureza. Para tanto, estabelecer parcerias duradouras como esta com a UNIMA é de vital importância para o sucesso deste projeto, ainda em fase embrionária.

Lembramos que dois foram os cursos realizados:
- Curso 1 - "Vivência no Teatro de Sombras", com a Cia Lumbra e Clube da Sombra, de 14 a 20 de janeiro de 2013.
- Curso 2 - "Desdobramentos do corpo: técnicas ilusionais para autonomia ficcional no objeto animado", com a companhia Caixa do Elefante, de 23 a 28 de fevereiro de 2013.

Através do Programa de Bolsas 2013 da CAL/UNIMA, pudemos distribuir 03 bolsas para o primeiro curso e 02 para o segundo curso, totalizando 05 bolsas oportunizadas para os sócios UNIMA com suas obrigações em dia.As Bolsas consistiram em hospedagem, alimentação, materiais didáticos e translados de Porto Alegre - Morro Reuter - Porto Alegre (a passagem e gastos de viagem, de sua cidade até Porto Alegre foram por conta dos bolsistas). Ós seleção feita pelos ministrantes dos cursos, tivemos:

Selecionados para Curso 1:
1-Lia Celeste Maldonado - Chile / Santiago
2-Victor Navarro - México / DF
3-Leandro Silva - Brasil / Maranhão

Suplentes:
1-Paola Apolinar - México / DF
2-Ada Dorrego - Argentina / Bs As
3-Arturo Pulido Arteaga -México / Tlaxcala

Selecionados para Curso 2:
1-Guillermo Rodriguez Chavez - Uruguay / Montevideo
2-Teresa Orelle - Argentina / Bs As

Suplentes:
1-Edgard Cardenas - Colombia / Bogotá
2-Gerardo Curiel - México /Guanajuato

O curso foi amplamente divulgado através de blogs específicos, redes sociais (facebook) e mailing da companhia Caixa do Elefante e da companhia Lumbra, além da CAL/UNIMA. Todas as vagas foram preenchidas, totalizando 18 oficinandos (08 no primeiro curso e 10 no segundo) e, como podemos verificar nos relatórios dos participantes, a experiência mostrou-se significativa. O trabalho de imersão apontou caminhos para descobertas pessoais e treinamentos que provocaram intensas reflexões sobre o fazer artístico de cada participante.

Os princípios da animação, praticados e analisados como capitais culturais da arte teatral, como sistema organizado de conhecimento técnico do ator e como potencialidades para elaboração dramatúrgica, foram enfatizados em ambos os cursos.

É difícil descrever todos os acontecimentos e como eles repercutirão no trabalho pessoal de cada artista ou coletivo, e cremos que somente o tempo nos mostrará com clareza. No entanto, temos esperança de que esta semente plantada com muito amor venha a crescer e transformar-se em frondosa árvore.

Importante é frisar que o trabalho realizado pelos ministrantes dos cursos e pela administração do projeto foram doados, uma vez que o valor obtido com os cursos mantiveram apenas suas despesas de custo. Tal iniciativa deve-se à expectativa de que este projeto possa vir a ser subsidiado através de outros projetos de formação e capacitação.

Outro dado que merece destaque foi a presença da Associação Gaúcha de Teatro de Bonecos/AGTB, na última noite do segundo curso, veio para apreciação das esquetes produzidas durante o curso e para confraternização. Através deste encontro fraterno manifesta-se o respaldo a este projeto e o apoio de toda classe artística bonequeira.

Em anexo enviamos fotos, alguns depoimentos e links para vídeos produzido como registro dos cursos.

http://youtu.be/5SGA339qwYU

http://youtu.be/fiC2R3vshV0

Agradecemos o esforço da CAL e de sua diretoria, empenhada no desenvolvimento de nossa arte, e manifestamos nossos sinceros votos de continuidade ao apoio de programas de formação.

Atenciosamente,

Paulo Balardim
Caixa do Elefante Teatro de Bonecos

 

 

______________________________________________________________

Uma saudade sombria de uma experiência luminosa...
por Leandro Silva - Artista Bonequeiro

Passado pouco mais de uma semana, desfeitas as malas, me pego revendo as fotos, os vídeos, os materiais do Curso de Vivência no Teatro de Sombras, acontecido no período de 14 a 20 de Janeiro de 20120, em Morro Reuter - RS, e me perguntando se tudo foi real e para onde estas sensações e aprendizados vão me levar daqui pra frente, enquanto artista bonequeiro popular do Nordeste.

A turma: Víctor Navarro (México), Carolina Garcia (Cia. Caixa do Elefante - Porto Alegre - Brasil),
 com o Preto (o nosso cão de guarda), Roger Lisboa (Cia. Lumbra - Porto Alegre - Brasil),
 Bethielle Kupstaitis (Porto Alegre - Brasil), Lia Celeste (Chile), Ivan Farias (Rio de Janeiro - Brasil),
 Ana Paula Brasil (Rio de Janeiro - Brasil), Leandro Silva (Maranhão - Brasil)

Certamente, esta experiência é um divisor de águas na minha vida, não só pela própria linguagem que tive a oportunidade de conhecer, senti e experimentar; mas também pela metodologia, o jeito de fazer o curso, como foi assumido pela Cia. Lumbra e a Caixa do Elefante; bem como o processo de formação do grupo de oficinandos, conduzido pela Caixa do Elefante e Comissão para a América Latina da UNIMA INTERNACIONAL.

São exatamente estes dois pontos que quero destacar aqui: os aprendizados e a metodologia.

Sombras: mistério, possibilidades e um caminho novo que se abre...

Quando me inscrevi para concorrer à bolsa, estava decidido pelo Curso Vivência no Teatro de Sombra, com a Cia. Lumbra, por achar que esta era uma linguagem completamente nova para mim e por eu, fora alguns vídeos no You Tube, jamais ter tido um contato com esta estética de representação. No Nordeste, o boneco impera como representante do teatro de animação, especialmente os Mamulengos, sendo nossa maior expressão neste campo. Rodando por comunidades nordestinas com o Projeto Fuzuê (Ver: http://fuzue-rede-animada.blogspot.com) no interior do Piauí, Maranhão, Ceará, Alagoas e Pernambuco, jamais tive qualquer notícia de grupo ou artista que fizesse uso do Teatro de Sombras. Conhecer mais de perto esta linguagem, na perspectiva de desenvolver algum trabalho com Sombras, era minha maior expectativa.

Logo no início do Curso, na nossa primeira vivência, vi o quanto a sombra está presente na minha vida. Cada um de nós, ao relatar sua relação com a Sombra, viu-se cheio de “Histórias de Luz e Sombras”, que remontam desde a infância, a relação com o outro, com o amor, com o encontro consigo mesmo. Descobrimos, de cara, que a Sombra - centro da vivência - não é nem de longe uma desconhecida nossa, tendo participado mais que ativamente de nossas vidas, desde nossa entrada no mundo. E isso já foi um assombro para mim!

As sombras falam, dialogam, gritam, se fundem, se transformam... E silenciam

Foi incrível descobrir tantas coisas!

Descobrir que a sombra tem seu próprio tempo, sua própria dinâmica...

Deixar a sombra falar...

Deixar que a nossa sombra dialogue com as outras sombras, que gere conflitos com as demais sombras, que se misturem... E que contem por si mesmas histórias.

A partir de diversos exercícios, fomos sensibilizando e “desmecanizando” os nossos sentidos para perceber a sombra e permitir que ela seja um veículo de comunicação e expressão. Tivemos noites de muitos avanços; noites de dificuldades e retrocessos, que nos ajudaram a subir um nível e alavancar nosso aprendizado. E dias ensolarados de reflexão sobre tudo isso que estávamos vivendo. Perceber a diferença entre um Teatro com Sombras e um Teatro de Sombras. Sutilezas.

Um Mago das Sombras: Alexandre Fávero, da Cia. Lumbra

Considero de muita relevância esta metodologia utilizada pelo Lumbra na condução do processo do Curso:

Alexandre Fávero nos conduz pelo caminho de descoberta do potencial da Sombra, enquanto estética, enquanto forma de expressão. É um saber que ele ajudar a brotar de dentro de cada um. Não é uma aula; é “viver o saber”, sentir o que se está aprendendo, perceber. Talvez aí o significado máximo de uma “vivência”.

Para mim, Alexandre é um mestre e um mago. Um “Dumbledore” dos mistérios das Sombras. E que não é mesquinho, pois se abre e dar tudo que possui de experiências, histórias, tentativas, materiais, suportes, para que os oficinandos possam também fazer o seu caminho no Teatro de Sombras, fazer suas descobertas. Mesmo sendo um mestre, não assume tal postura e se coloca como amigo e guia nesta jornada. É um educador e um pedagogo no sentido mais profundo da palavra (daquele que “guia a criança”, sem substituir o seu caminhar).

Mas lidar com as sombras é fazer um encontro conosco mesmo, com nossos medos, entraves, limites e potenciais. Fabiana Bigarella, enquanto psicóloga e membro do Lumbra, partindo de suas reflexões com a “Sombraterapia”, ajudou tanto o grupo, como cada participante individualmente a lidar com as diversas questões existenciais que a Sombra faz aflorar em nós. Este acompanhamento se deu em dois níveis: com o grupo e com cada um também, permitindo um processo coletivo, mas também com descobertas mais particulares, ligadas às circunstancias de cada participante. “Eu sou eu e a minha circunstância...” (Ortega y Gasset).

Roger Lisboa é o olhar sensível atrás de uma câmera, que capta o momento certo, do ângulo certo e que depois, em sessões divertidíssimas, nos permitia sermos expectadores de nós mesmos através das fotos e vídeos. E esse olhar externalizado foi muito decisivo para o aprimoramento de nosso aprendizado durante o curso.

Vivências que aguçam os sentidos e otimizam a percepção.
Habilidades importantes para um sombrista...

As questões técnicas relacionadas ao manejo da luz, da criação da sombra, do uso dos equipamentos, os conceitos básicos (O que é preciso para existir a Sombra / O que é preciso para existir o Teatro de Sombras), propostas de caminhos para a organização de uma Dramaturgia das Sombras... Tudo foi abordado de forma muito generosa pelo Lumbra, que abriu seus pacotes e caixas de experiência e sua biblioteca para nosso aprofundamento e inspiração. Inspiração, claro! A excelência profissional e estética do trabalho do Lumbra é acima de tudo inspirador para alguém que queira se arriscar no universo maravilhoso do Teatro de Sombras.

Aprender pelo caminho da convivência e do afeto: uma segunda casa e
uma segunda família no Espaço de Residência Artística Vale do Arvoredo

Algo extremamente profundo, vivido por cada um de nós no Curso Vivência no Teatro de Sombras, foi certamente a proposta sobre a qual este foi montado: Um espaço de residência artística, em que os oficinandos estão o tempo todo imerso no aprendizado, na beleza, na contemplação e na convivência. A Cia. Caixa do Elefante conseguiu o que sempre me pareceu difícil e ideal: um lugar em que não se vai para aprender alguma coisa por um tempo, mas “por todo o tempo, estando neste lugar, se está aprendendo”. Eles levaram ao pé da letra o significado de estar-se “imerso” numa experiência, que tem como bases a convivência e a afetividade.

Afetividade esta que começa quando você acaba de desembargar do Nordeste em Porto Alegre, meio perdido, meio jeca, e é recebido com sorrisos e abraços por Paulo Balardim e Carolina Garcia. E que continua em cada momento no Vale do Arvoredo... Lá, foram somados os cuidados e o carinho de Luana e Andreza, que se dedicavam a garantir sempre o nosso conforto e acolhida.

Aprender é conviver, partilhar e sorrir

Em cada sutileza dos ambientes, nas mesas para as refeições preparadas com simplicidade e beleza, onde não faltava uma música, um perfume, uma vela, uma luz diferente, dando a cada dia e noite um novo rol de sensações, que enche o espírito de alegria e da certeza do quanto a vida é bela, o quanto é bom está ali, a vontade de ser sempre assim: viver a arte, com beleza e simplicidade.

Paulo Balardim eu já tinha ouvido falar, quando recebi uma apostila numa Oficina de Teatro de Bonecos em 2006, em Floriano, no Piauí. Havia uma citação dele na apostila, que sempre me marcou... Algo sobre uma discussão, uma defesa do teatro de bonecos ser representação teatral e a representação teatral ser a existência humana dialogando consigo mesma. Conhecer a pessoa por trás da ideia é uma experiência inusitada! Um artista extremamente capaz, e um ser humano acolhedor e simples, sempre construindo alguma coisa, pondo um tijolo em algum lugar, um “Operário do Universo”, sempre revirando e transformando as coisas ao seu redor. Parece que o Mundo é o atelier de Balardim.

Tivemos ainda a alegria de conhecer Mário de Ballenti (Cia. Caixa do Elefante), que veio nos visitar e conhecer do muito que aprendemos e construímos durante o curso.

Algo que considero de muito valor no Curso Vivencia no Teatro de Sombras foi também a condução da seleção na bolsa... Esta ideia de descentralizar as oportunidades e garantir a formação de um grupo heterogêneo, vindo de experiências muito distintas, unidos para dias de trocas. Isso potencializa muito o aprendizado e me sinto profundamente marcado por este tempo de convivência com meus colegas. Discutir a situação profissional do ator no mercado de trabalho hoje, com Ana Paula Brasil (RJ); inspirar-se na busca incessante pela coisa bem feita em Ivan Farias (RJ), um artista acima de tudo inquieto; a sensibilidade aflorada e contagiante de Luana Mara (SP); a experiência e histórias de vida de Lia Celeste (Chile); o artista completo e colaborativo, em Víctor Navarro (México) - o que o Víctor não consegue fazer?; as descobertas partilhadas por Bethielle, que consegue traduzir nos seus sentimentos, o sentimento do grupo todo. Eu vim de uma experiência de “mochilar”por comunidades do Nordeste com Bonecos, me apresentando e ensinando o pouco que sei em associações locais. Espero mesmo que minhas vivencias tenham somado com este grupo, pois eu levei muito de cada um comigo.

Penso que a UNIMA está no caminho certo quando pensa em formar grupos vindos de “escolas de vida e arte” tão diferentes. Isso aumenta a dialética do grupo, intensifica as trocas e faz da formação um divisor de águas para a vida do artista que delas participam.

Meu futuro no Teatro de Sombras...

E se esta coisa pega no Nordeste? Vai ser uma coisa linda, que não tem quem segure, gente!

Para o futuro, sim! Eu me vejo fazendo Teatro de Sombras!

Aqui e acolá me pego “brincando” com minha sombra, curtindo mais a escuridão do quarto, de onde emergem ideias fantásticas. Achei qualquer coisa de ligação entre as “Sombras e Luz” e o preto e branco simples da Xilografia que ilustra o Cordel Nordestino. Me imagino em breve contando histórias com teatro de sombra e luz, em silhuetas esteticamente xilografadas. Acho que meu projeto de pesquisa pessoal vai ser para este rumo.

O nordestino é um contador de história. Basta lembrar de Luiz Gonzaga, que adorava desfiar histórias nos foles da sanfona (e haja Karolina - com K, Seu Januário, Samarica Parteira, as presepadas de seu Lula), basta lembrar da poesia de Patativa do Assaré, rasgando no verso e na prosa a vida do povo.

Quando me pego dialogando com as Sombras, elas começam a me contar histórias... Ou sou eu encontrando histórias nelas? ...Ou são elas apenas o canal de representação de uma história que eu estou contando? Não sei. Sei que é muito mágico e que eu tenho a oportunidade de, ao voltar para o Nordeste, tornar mais presente o Teatro de Sombras por lá. Acho que vai pegar. Que vai dar certo. E vai frutificar coisas incríveis!

Gratidão, sempre... Ou uma “canção de amor, gravada num disco voador”!

Tão imaginário quanto uma canção de amor, gravada num disco voador - tema do meu projeto individual de teatro de sombras - é encontrar as palavras para agradecer às pessoas que passaram pela minha vida, nestes dias inesquecíveis em Morro Reuter. Mas quero tentar...

Cia Lumbra: Alexandre Fávero, Fabiana Bigarella e Roger Lisboa. Qual deve ser a sensação de produzir transformações únicas na vida das pessoas? Como deve ser lidar com a responsabilidade de alçar a carreira de artistas a outros patamares? Não deve ser fácil, mas vocês fazem isso com uma maestria incrível! Sou muito grato por ter conhecido vocês; e pela energia, dedicação e sensibilidade com que conduziram este processo de vida e aprendizagem no Teatro de Sombras. Que Deus os abençoe!

A meus caros colegas, obrigado pela convivência, pelos risos compartilhados, pelos abraços, pelas histórias de vida de cada um. Que nos mantenhamos em contatos, que não nos percamos de vista, para que a vida nos dê novas oportunidades de estarmos juntos, aprontando sabe lá Deus o quê... Acho que depois do Curso, o céu é o limite! E vou tentar ser mais presente na Pachanga!

À Cia Caixa do Elefante: Paulo Balardim, Carolina Garcia, Mário de Ballenti. Este espaço de residência artística é um grande projeto! Grato pela oportunidade de fazer parte disso por alguns dias e levar sensações para toda a vida.

Abraços afetuosos à Luana, Andreza. Quanta eficiência! Ainda hei de cuidar de uma casa com a mesma eficiência de vocês, deixando um rastro de beleza e perfume por onde passa.

À UNIMA, na pessoa de Susanita Freire. Obrigado pelo grande trabalho nos representando, enquanto artistas bonequeiros latino americanos. A sua atuação colabora para que tenhamos orgulho de carregar a carteira da UNIMA, como membros de uma grande e respeitável organização.
Obrigado pelos e-mails, a motivação, a aposta, por acreditar em nós e no nosso trabalho, do nosso jeito e em nosso lugar.

Abraços “animados”,
Leandro Silva
Artista Bonequeiro

______________________________________________________________

Vivencia en el teatro de sombras
Compañía Lumbra teatro de Sombras

por Fabiana Bigarella y Alexandre Fávero
by Caixa do elefante - Teatro de bonecos - 2013

por Víctor Navarro Jup, Becado por CAL/UNIMA

En el portugués brasileño existen dos palabras que resonaron en mi oído y en mi cabeza persistentemente durante los cuarenta y ocho días de estancia en ese maravilloso país; la primera es “tranquilo” y la segunda “aconteceu”.

Considero, aunque quizás me llegue a equivocar, que ellas dos definen mucho de la personalidad del pueblo brasileño, y si no es así y me estoy equivocando, sí por lo menos define un poco a aquellos artistas con los que tuve el placer de entrar en contacto.

La primera de ellas “tranquilo” hace referencia al tiempo, al estar, “ficar” dicen aquí, o allá, ya no sé desde dónde escribo, aquí diría yo, porque mi recuerdo fue para allá, en fin, aquí, para entendernos mejor, aquí, dicen, “tranquilo” repito, haciendo referencia al “ficar” queda tranquilo dicen, ficar, que es un verbo “esperativo”, luego, nos hace esperar, y esperar para nosotros, para ellos, ya no sé en qué persona hablo, para nosotros, es tener la certeza de que va a pasar, y pasará, entendí, bien, siempre bien, ¿que llevas prisa? ¿Que te duele la muela? ¿Que estas cansado? ¿Que no vas a terminar? tranquilo decimos, pero NO de forma bacana, ni con “sin importancia” al contrario, tranquilo porque eso va a suceder y para ellos – nosotros siempre pasará bien, de la mejor manera, de la manera más tranquila, así es que no hay de qué preocuparse porque una vez comenzado está (fica) tranquilo, porque va a suceder.

La segunda palabra es para mí aún más importante, sin demeritar la primera, pero aclarando que si no existiera ésta, la primera carecería de sentido, la dicha palabra es “aconteceu”.

¿Y qué significa? Es sencillo: fica tranquilo “acontenceu”, luego, es la consecuencia del verbo ficar y fica tranquilo, sí, tranquilo, con esa cualidad por está seguro que va a acontecer, es decir, va a pasar y de nuevo, va a pasar bien, va a pasar tranquilo; pero aconteceu también se refiere al acontezca, deja que pase, pero no dejar que pase siendo solo un observador, no, deja que acontezca pero en ti, luego, es un verbo envolvitivo porque envuelve y compromete a la persona que lo pronuncia, te absorbe para que tu seas el ejecutor de ese aconteceu, luego entonces tu eres el responsable de accionar el verbo, sin tu voluntad de hacer no acontencería. En algunos otros casos también es un verbo (acción) que no necesita ser ejecutado por quien lo pronuncia, aconteceu también significa “pasar”, pero dejar que pase en uno mismo, entonces es como si la acción recayera sobre el que lo pronuncia pero no siendo él responsable de llevarla a cabo, es el objetivo del verbo, entonces, deja que te pase, es decir, “que te pase” es más profundo que un solo “pase”, “que te pase” debe ser entendido como asimilación, como aprender y aprenhender en sus sentido más profundos.

Dicho lo anterior comenzaré con al contadera.

Llegamos a la vivencia de teatro de sombras y ficamos tranquilos, en una casa de campo rodeados de naturaleza, aire limpio y fresco y personas lindas, ficamos bien, tranquilos y aconteceu seis maravillosos días con sus respectivas noches. Morro Reuter se llama el lugar, al norte de una pequeña, aunque no tanto, ciudad sureña de Brasil llamada Porto alegre.

Llegamos a nuestro encuentro, al que por cierto estaba sumamente nervioso, sucedió algo no muy gustoso en el camino a Porto alegre, mi tarjeta de debito fue bloqueada por mi banco y entonces no tenía ni un real en efectivo, así es que pensé: Si no encuentro a estos muchachos, Paulo y/o Carol me voy a quedar varado en esa terminal de autobuses sin saber qué hacer…

Afortunadamente para mí y después de 20 horas de viaje en ómnibus llegué a nuestro punto de encuentro, y sí, afortunadamente Paulo estaba ahí, llegamos pues, luego de una hora de viaje y de pasar por más vivenciantes al aeropuerto, a nuestra finca de retiro para el citado taller. Ese primer día fue de presentaciones del espacio, de presentarnos entre nosotros y de comenzar a habitar nuestros respectivos lugares, nos dijeron las reglas a seguir y los lineamientos para nuestra mejor conviviencia, así comenzó nuestra hermosa travesía por el conocimiento de la sombra.

Habrán pensado quizás que este relato iba a contar día a día nuestras actividades, pero no, solo era un pequeño introductorio para el texto que redacté, el cuál considero mi mejor sentir acerca de lo que me sucedió y lo que creo sucedió en los vivienciantes del taller:

 

Encontré mi sombra en el recuerdo de una historia que me sucedió, de un momento que para mí fue mágico y que no recordaba tan claramente, es más, creo que lo había borrado un poco de mis referentes, sin embargo durante ese primer ejercicio, lo recordé tan clara y vivamente que despertó en mí ese placer que había dejado de sentir al mirarme al espejo, es como si de repente me hubiera activado el modo disfrute, y me refiero al disfrute de ver tu reflejo, de ver tu sombra, y de verlos de manera lúdica, como aquello con lo que puedes conectarte y no necesitar de nadie mas.

El encuentro con mi “mí mismo” pero de afuera de mí, visto desde afuera, fue un golpe de lleno con la realidad, ¿siempre está ahí no? Pero no estás acostumbrado a verla, o a verlo, o a verte, o a reconocerte.

Después de aquel primer encuentro comunal con nosotros mismos y entre nosotros, estoy seguro que el ritmo y lo planeado del taller viró hacia una dirección insospechada, el intimismo que se logró y la relación estrecha que se comenzó a generar entre todo el equipo fue por demás sorprendente, emotiva, sugerente y dejó abierta la posibilidad de dirigir nuestra imaginación hacia los más recónditos lugares de nuestra ya de por sí alucinada existencia.

Así entonces sucedieron una tras otra experiencias de conocimiento de nuestra figura, de las figuras del “otro” y de los demás aspectos que componen el terma sombra.

Los aspectos técnicos también fueron importantes, hubo descripciones, sugerencias y consejos sobre como se pueden combinar los tres aspectos básicos de nuestro quehacer artístico, el juego, la técnica y la profesionalización.

¿el resultado?

Al terminar nuestro recorrido por nosotros mismos concluimos con un experimento, entendí yo, la conjunción en una sola línea “narrativa” de los sueños vueltos sombras de cada uno de nosotros, esos sueños se convirtieron en un gran sueño y ese sueño es de esos sueños que no pueden ser descritos porque pierden la magia, es como si revelaras un secreto que construiste, del cual todos fuimos cómplices y que se irá con nosotros hasta nuestros futuros rumbos.

La sombra fue para mí un descubrimiento, una regresión, una pasarela, un sueño y una realidad, quedo infinitamente agradecido con todos los soñadores que encerrados en ese cubo de luz, sin luz, nos dimos la oportunidad de no quedar locos…

Víctor Navarro Jup
30 de enero de 2013
30 Janeiro 2013
México D.F. - Brasil MR

Gradecimientos: CAL/UNIMA  /  UNIMA, MEXICO  /  Susanita Freire

______________________________________________________________

Hoy vi mi sombra por la primera vez
por Ivan Faria - alumno del curso de Sombras - 2013

Hoy vi mi sombra por la primera vez. Para decir la verdad, fue la primera vez que me reencontré con ella después de la vivencia. Fue una sorpresa.
Como reencontrar un amigo que tu no esperas y de repente viene a cenar. Como si al abrir la puerta uno de ustedes estuviera allí. En contorno sólido y silueta opaca.
Esto porque mi sombra estaba cargada de nuestras experiencias: de los olores del lugar, de nuestras carcajadas hasta las cuatro de la mañana, cascadas, de la oscuridad de la noche y de la luz de la hoguera.
Como una caja de Pandora (o de elefante) descubrí que mi sombra guardaba enigmas solo nuestros de esta semana pasada. Probablemente ellos ya estaban allá adentro, mismo antes de que ocurrieran, así como ya deban de estar allá los futuros distantes y objetos no identificados por realizarse.
Se me ocurre ahora que tal vez la sombra sea la sobre posición de camadas del tiempo de la cual somos hechos, o el negativo de ellas. Un microcosmo de todo lo que somos o podemos venir a ser. Ella sabe de todo….
Digo esto porque conversé con ella por la primera vez (en la vivencia), ella me dijo cosas que después pude confirmar. Cosas serias.
Aquel que tiene un encuentro con su propia sombra, no vuelve impune al mundo de los vivos.
Qué bueno…..Y qué bueno , también, haber tenido compañeros tan nobles para cruzar ese rio. En la ida y en la vuelta. “No sé cómo no ha terminado todos locos…”
Fue todo muy especial.
De hoy en adelante recordaré a todos ustedes todas las veces que al prender o apagar una luz, mi sombra gane contorno en la pared y, entre mil secretos, pueda susurrar la seña del paraíso perdido (y tantas veces reencontrado): pachanga…..

______________________________________________________________

Dónde está la tristeza de Brasil? - Dónde está la alegría de los países del cordón Andino?
por Lía Celeste Maldonado - Chile

Mis queridos compañeros de la Vivencia del Teatro de Sombras:
El regreso a casa ha sido largo y aún estoy ordenando mis tiempos y el espacio que habitamos con mi familia. Esto es, nuestra casa. Mi huerta fiel, me esperaba con los frutos listos para disfrutarlos en su sabor….mi casa. Sin embargo, en medio de cada quehacer aparece en mi mente la experiencia vivida, tanto en el ámbito propio de las sombras, como en el sentido de organización de este trabajo.

Me preguntaron cuando llegué:”Y?, cómo es Brasil?” Y la respuesta fue: ”La verdad es que estuve en una finca concentrada en el trabajo con las sombras…de modo que sólo les puedo contar de ésa experiencia”.

La importancia de haberse planteado prácticamente un “internado” para realizar este trabajo, radica a mi juicio, en que la mente se dispone a pensar en una sola dirección, que es el trabajo-taller para lo que fuimos congregados.

El encuentro con “la propia sombra”, percibir su movimiento, la distorsión en su imagen proyectada sobre el telón, la creación e interpretación de lo que nuestros ojos ven, el sonido/silencio que cae como un aporte a la lectura de la imagen que hemos creado y provocado, dilucidar cómo hacer para que en la pantalla se vea lo que nosotros queremos que se vea, es decir, trabajar arduamente en descubrir el manejo de la Luz y la Sombra como un lenguaje primigenio, que no es teatro, pero lo contiene en sí, no es cine, pero lo contiene en sí, es decir, que se vincula como punto de partida…..en el espacio tal vez silente de nuestros antepasados a la luz de la hoguera en el centro de una caverna…….su hogar.

La Sombra, así tomada en su particularidad, nos lleva a los campos de la filosofía, la sicología, la sociología, las ciencias exactas, y nos lleva al arte. La sombra como el punto de encuentro entre el mundo concreto y el intangible mundo de las ideas. Pero qué hicimos nosotros?

Nosotros en nuestro taller, tomamos la proyección de nuestra sombra, la manipulamos, jugamos con ella, la despertamos para que engañara al ojo del espectador, y así crear la fantasía de estar en un mundo mágico, misterioso, impredictible, y a la vez, un mundo concreto, porque está ahí. Un marciano que llega en su nave y enamora a una chica terrestre, una bruja que posee a un hombre triste y solitario, un enamorado que se encuentra con la chica de su barrio y logra conquistarla, un ser perdido en un mundo gigantesco que es fagocitado por un pez, un filósofo que se despide del templo y de su maestro y una chica que se guarda a sí misma en una pequeña caja junto con sus bellos recuerdos contando el fin de cuento.

La sombra, nuestro lado oscuro, aquella imagen que es en negro, que está en un muro, en el suelo, en el techo, dependiendo de la fuente de luz…Peter Pan sin embargo, había perdido su sombra y estaba imposibilitado de crecer.En medio de estas disquisiciones, apareció levemente C.G.Jung. La sombra como aquél aspecto oculto en el inconciente, positivo o negativo.

Cuando el curso termina, mis hermanos sombristas de Brasil (Ana Paula, Luana Mara, Bethielle, Ivan, Leandro) sueltan sus gruesas lágrimas en un acto de emoción incontenible. Mi hermano Mexicano (Víctor) y yo ( Lía Celeste de Chile), manifestamos nuestra emoción con una sonrisa más cercana a la alegría y satisfacción. Entonces me pregunto:

Dónde está la tristeza de Brasil?

Dónde está la alegría de los países del cordón Andino?

Y aún a riesgo de estar rotundamente equivocada, me permito la única respuesta:

EN SU SOMBRA.

El día 20 de enero de 2013, terminó el Taller: “Viencia em Teatro de Sombras”. Dirigido por Alexandre Fávero, Roger Lisboa, y Fabiana Bigarella (Cía Lumbra y Club de la Sombra) en un espacio ideal otorgado por la Cía. Caixa do Elefante.

Agradezco enormemente esta posibilidad que me otorgó CAL/Unima para poder participar en este Taller, que además fue un encuentro intercultural, en un lugar que llama a la reflexión de nosotros los humanos y nuestra pasada vital en este planeta. Agradezco la posibilidad de expandir la mirada de mi arte, comprenderlo y conocerlo mejor, y poder aplicarlo entregándolo a todo aquél que esté dispuesto e interesado en recibirlo.

Un saludo desde el sur del mundo, agradecida siempre,
Lía Celeste Maldonado
Sombrista miembro de UNIMA CHILE

______________________________________________________________

Sobre la oficina de Caixa do elefante, Porto Alegre, Brasil,
Beca 2013 de la CAL/ UNIMA , Comisión para América Latina de UNIMA

por Teresa Orelle (Argentina)

A partir del momento de llegar a la ciudad de Porto Alegre, nos encontramos un grupo de titiriteros de Uruguay, Argentina, Perú y Brasil, buscados por Mario de Ballentti que nos llevó camino al Morro Reuter.
La ruta zigzagueante por el Morro nos adentró en un clima y paisajes tropicales para desembocar en la casa de la compañía donde se desarrollaría la oficina.
Fuimos recibidos por Paulo Balardim, que nos llevó a recorrer las instalaciones del lugar. El espacio de hospedaje se conformaba de tres casitas, dos de alojamiento y un espacio comedor. Las habitaciones destinadas, contaban con todo lo necesario para una bella estadía, con detalles de decoración y confort.
Cada casa contaba a su vez con un espacio común para encuentro a lo que se sumaba una biblioteca para consulta, TV y DVD para compartir videos.
Nos recibieron con un almuerzo elaborado por las maravillosas Ana Luiza y Luana que se encargaron de sorprendernos con riquísimas comidas y buen humor durante toda nuestra estadía.

La primer jornada de entrenamiento, caminando por la trilha salvaje, desembocó en una cachoera increíble que nos conectó con la naturaleza del lugar, que la compañía se encarga de cuidar y mantener preservada. Luego seguimos el entrenamiento en el espacio exterior de la casa y luego en una sala maravillosa construida en una pendiente, con un mágico ventanal al espacio, que facilitaba enormemente la conexión con el trabajo.
En los días transcurridos de entrenamiento con Paulo Balardim, Mario de Ballentti y Carol García, pude experimentar la generosidad al transmitir sus conocimientos, con mucho compromiso, intensidad y alegría, tres maneras diferentes de energías de trabajo que sumó mucho más a la oficina.
La propuesta de disciplina y concentración que proponían nos llevaba a una exigencia a fondo, y provocó una interesante conexión en el grupo.

Los ejercicios, las reflexiones sobre la técnica y la práctica, y los divertidos encuentros en las comidas, donde intercambiamos experiencias y vidas, conformó una vivencia que me enriqueció enormemente y amplió mi mirada sobre toda esta profesión que es tan rica y generosa para compartirla con otros.
El último trabajo de la oficina, donde se nos proponía realizar un proyecto personal en un día, situación normalmente difícil, en ese estado de estimulación y trabajo concentrado, alejados de todo lo que nos dispersa, desembocó en una producción individual y grupal, sorprendente y reveladora, frente a un inesperado público experimentado, con el cual pudimos compartir e intercambiar en una velada maravillosa y divertida.

Agradezco a la Unima Argentina por darme esta oportunidad y al Grupo Caixa do Elefante por haber podido participar del Curso Desdoblamientos del Cuerpo, Beca de la CAL / UNIMA, Comisión para América Latina de UNIMA, tan interesante y valioso para nuestro trabajo.
Gracias!

Teresa Orelle - Argentina

______________________________________________________________

2013 - Un curso esencial para quienes creemos en el teatro de títeres como un arte
por Guillermo Chávez (Uruguay)

Ya de vuelta en Uruguay, feliz de haber participado, motivado y pensando en las experiencias vividas junto a Caixa do elefante, recordando el entrenamiento físico, los compañeros del curso, a los docentes Paulo, Mario y Carol, con su dedicación y ese mágico equilibrio logrado a través de sus múltiples formaciones, que supieron brindar herramientas muy ricas al que hacer titiritero.

Herramientas en base a un entrenamiento físico claro y concreto pensado en beneficio del titiritero. Ya de vuelta en Uruguay sigo incorporando para mi hacer diario los principios fundamentales: el punto fijo ,el foco, el eje, variando a diario la rutina los ejercicios, las improvisaciones y los materiales.

Este trabajo, mal resumido, es tanto más que estas palabras ya que ha movido estructuras submarinas desde su raíz.

He vuelto con una Caixa de herramientas de titiritero que me permite ir conociendo más mis límites corporales y de manipulación y visualizar una forma concreta, precisa y efectiva que puedo aplicar a cualquier técnica de manipulación, mediante dedicación y entrenamiento.

El curso siempre fue llevado con alegría y disciplina, en un ambiente único, increíble su paisaje, teniendo un contacto directo con la naturaleza, alejado de la ciudad, pudiendo estar concentrado al máximo y respirando títeres 24 hs. diarias.

Un curso esencial para quienes creemos en el teatro de títeres como un arte.

Gracias totales a ATU/ Unima Uruguay y a la CAL/UNIMA- Comisión para América Latina de UNIMA, a Caixa do Elefante ( Paulo, Mario, Carol, Ana Luiza, Luana) y a mis compañeros del curso.

Guillermo Chávez

 


Titiriteros de América Latina en el 10mo Taller Internacional de Títeres de Matanzas - 2012
Argentina, Brasil, México, Nicaragua, Uruguay y Venezuela en la fiesta matancera de los títeres del 14 al 22 de Abril 2012

Desde que Teatro Papalote convocara, en 1994, la primera edición del Taller Internacional de Títeres de Matanzas, como fiesta de dialogo e intercambio entre los artistas nacionales del retablo y sus colegas de allende los mares, el continente latinoamericano ha estado presente. Son muy pocos los países sureños que no han acudido al llamado de la isla de Pelusín del Monte.
La edición de 2012 presentará a grupos de Argentina, Brasil, México, Nicaragua, Uruguay y Venezuela.

Becarios de la CAL/ UNIMA en Matanzas
La Comisión para América Latina de Unima en colaboración con la UNIMA Cubana seleccionó dos becarios: Marcello Andrade de Brasil y Gustavo Tato Martínez de Uruguay

Practicante de la milenaria técnica de las sombras, es el Teatro Karagozwk, de Paraná, Brasil. En la persona del actor y director teatral Marcello Andrade dos Santos, Karagozwk viene a Matanzas con una interesante charla sobre el género que incluye un montaje de 20 minutos titulado El niño que no podía volar.
El artista brasileño, que estará en Cuba como becario del Taller Internacional de Títeres a través de la colaboración con la Comisión UNIMA para América Latina, lleva más de 20 años experimentando con el mundo de las sombras, por lo que domina todo lo que a equipamientos de luces especiales, efectos, escenografías animadas, muñecos y trabajos con bailarines se refiere.

Barrio Sur o Medio/Mundo, unipersonal titiritero de Gustavo Martínez, del Teatro Girasol del Uruguay, se inspira en el Barrio Sur, en Montevideo, cuya zona se ha caracterizado por ser sitio donde los hombres y mujeres, fundamentalmente afro descendientes, vivían en ciudadelas. Desde allí se gestó uno de los ritmos más significativos de la capital uruguaya, el Candombe.

Sobre la década de los años 80, en ese momento gobierno militar, por lo cual existía una gran represión a todo el movimiento popular, deciden trasladar a toda la comunidad y llevarla a vivir a una fábrica abandonada. Se demolió, destruyó desde los cimientos estos espacios con el objetivo de la especulación inmobiliaria.
La puesta toma al cabezudo de carnaval como personaje retablo caracterizándolo como un "lubolo" (integrante de las comparsas), donde desde su gran boca van presentándose diferentes personajes, este espectáculo va acompañado por imágenes que muestran este genocidio cultural, ejercido desde los sillones de la dictadura militar uruguaya.

Teatro Girasol viaja también a Cuba como becario de la Comisión UNIMA para América Latina.

 

 

 

 


Experiencia en el Curso de Verano del TOPIC
por Tamara COUTO (Uruguay)
Becaria de CAL UNIMA y UNIMA España

Cuando intento contar mi experiencia en la escuela de verano UNIMA me cuesta decidirme por donde empezar. Es que fueron tantas, tantas las emociones que es difícil ponerlas en orden.

El curso principal de la escuela este años fue dictado por Nevill Tranter, y fue mucho mas de lo esperado. Yo conocía la calidad de su trabajo pero quede sorprendida por su capacidad para transmitir conocimiento.

Durante su curso trabajamos con Gino, un títere bastante particular que supo enseñarnos tanto o más que Nevill. La relación títere titiritero fue muy intensa, creamos a partir de lo que el propio Gino nos sugería pero utilizando técnica de forma muy clara y concisa. Aprendí muchísimo desde el punto de vista técnico pero también a escuchar y a crear a partir de la imagen.

 

Tuve además la suerte encontrarme con un grupo de gente impresionante, muy creativa y con ganas de aprender y compartir. Conocí personas alucinantes, amigos con los que seguro me voy a volver a juntar en algún momento. Gracias a ellos la experiencia fue mejor aún.

El curso de construcción fue dictado por Greta Bruggeman de la compañía Arketal. Fue bien interesante para mi porque su técnica para realizar marionetas de manipulación directa era bien diferente a la que yo acostumbraba a usar entonces fue todo nuevo y aplicable a mis próximos trabajos. Greta además es una mujer muy sensible y creativa y fue muy fácil encariñarse con ella y con sus muñecos.

Todo esto en el TOPIC, el lugar con el que soñamos unos cuantos. Un precioso edificio dedicado a los títeres, con sala, museo, espacios de ensayo y un hermoso taller. Difícil no sentirse en casa.

Solo me queda agradecer por esta increíble experiencia a UNIMA España y la dirección del TOPIC, a la Comisión para América Latina de UNIMA a los maravillosos docentes y compañeros que me acompañaron en este viaje.

Gracias !!!

 

 


Un apoyo de la CAL para dos alumnos latino americanos de la 9ª. Promoción
de la ESNAM de Charleville - Mézières, France

El 16 de Noviembre 2011, en el Instituto Internacional de la Marioneta, en la ciudad de Charleville - Mézières, France, el representante de la CAL, Fabrice Guilliot entregó a Thais Trulio y Jorge Agudelo, alumnos latino americanos de la 9ª. Promoción de la Escuela Superior Nacional del Arte de la Marioneta - ESNAM (periodo 2011-2014), un significativo regalo.

En la presencia de los alumnos, de la Directora Lucile Bodson y de otros integrantes de la escuela, Thais Trulio, socia del Centro Unima Brasil y Jorge Agudelo de Colombia, recibieron un cheque de 270 euros, cada uno, para la compra de las herramientas del curso y una Enciclopedia Mundial del Arte de la Marioneta.

Los integrantes de la CAL nos sentimos felices de contribuir con los estudios y el futuro de estos jóvenes latino americanos.

 

 

______________________________________________________________

Un Colombiano en l'ESNAM
19/04/11
Ultimo reporte desde Charleville, Seré el primero en presentar el concurso final mañana a las 3pm de Francia, 8am de Colombia.....
Mucho suspenso, los ánimos tranquilos y la claridad de dar todo en el escenario
Pero aún mucho trabajo por hacer, así que.....
ALLEZ ALLEZ VAMOS !!!
yepaje !!
Abrazos muchísimos !!!
Jorge

Gracias al orden alfabético y a mi apellido (Agudelo), como muchas veces en mi pasado escolar, sería el primero en presentar la prueba. Esta vez, encargado de dar inicio al concurso final para l’ESNAM (École Supérieure des Arts de la Marionnette) en Charleville-Mèzières.

 

3:30pm en Francia, 8am en Colombia, yo estaba allí, a la entrada del escenario, con mi marioneta Cucub ya montado en el caballo que sería mi pierna izquierda; curiosamente había ensayado siempre con la derecha pero por cosas de la magia él se monto en la izquierda.

 

Yo estaba allí junto a Cucub y su caballo; tras bambalinas, mientras, al otro lado del océano estaba el resto del coro: mi familia, amigos y maestros transmitiendo buena onda desde distintos lugares de las Tierras Fértiles (así preferimos llamar a nuestra mal llamada y bien amada América), respondiendo con palabras hermosas cada detalle que les contaba por correo del concurso, recordándome que soy un canal, hablándome del amor, de transmitirlo a través de mi marioneta, desde la primera audición, luego la semana de prueba, ahora el concurso final.

 

Meses trabajando para este momento, desde el aprendizaje relámpago del francés hasta el trabajo a ritmo de mate con el maestro marionetista tucumano Daniel Lobo en Cali, en cuyo tiempo trabajaba con él fabricando al ilusionista (la marioneta para la audición) en el día mientras que en la noche preparaba mi dossier para la pre-selección. Cada vez que me perdía en mis tribulaciones filosóficas acerca del arte y el juego, tenía a mi hermano Inti Mani al lado para señalarme la marioneta; trabaja cabeza…

 

Daniel Linard (nuestro director técnico se llama así también) me hace una seña, era el momento de empezar.

 

Silencio en la sala, luego una melodía silbada y el aliento lejano de un canto indígena, después ya no era más sino cabalgar hacia la escena cantando, donde los demás 33 participantes de esta etapa final me esperaban en el público, junto al jurado y algunos invitados. Cucub se para al fondo de la escena al notar el publico, desciende de su caballo y empieza:

 

Je m'appelle Cucub, Cucub el Zitzahay, et viens de livrer la guerre contre les armées des terres anciennes...

 

Así empieza Je m’appelle Cucub, extracto inspirado en el epílogo de La Saga de los Confines, de la escritora, maestra y amiga Liliana Bodoc; y aunque no tenía el libro conmigo, no hizo falta para recordarlo, en mi alma estaba claro lo que quería decir, claro, en español... lo único es que había que traducirlo y después pronunciarlo... también por supuesto construir a Cucub... era sábado en la tarde, tercer día de pruebas de la semana final y podía respirar tranquilo, había escogido que hacer para la prueba final.

 

Después de la maratón dominical de artes plásticas empezaríamos por fin el lunes nuestro trabajo final, teníamos dos días para montar la pieza, construir y ensayar; había salido bien librado de las pruebas de dramaturgia y manipulación entre otras cosas gracias a mi maestro Bogotano Crispulo, si... sin saberlo el mencionó en uno de sus talleres a Dario Fo y cuando estando entre los 34 viendo los 100 libros que había para escoger en el escenario allí estaban los Misterios Bufos, yo nunca los había leído pero me acordaba de la expresión de recomendación de mi maestro; para mi fortuna era el indicado, yo manipularía al borracho en las noches de cana y la diversión estaba asegurada, el texto es absolutamente genial.

 

Pero eso ya estaba en el pasado, era Lunes en la mañana, y ya tenía mi texto traducido en borrador, ahora tenía que construir a Cucub, y claro, como es Cucub? afortunadamente no teníamos tiempo, así que antes de siquiera poder preguntármelo racionalmente ya estaban mis manos amasando el papel, una técnica colombo-francesa llamada periódico con cinta, mezclada con la técnica suiza de Isabelle Matter de cuellos en botella plástica reciclada y tela hasta el piso.

 

Sus ojos transparentes fueron un regalo; luego el bastón; le faltaba una pierna y eso era importante. Ensayaba en un espejito que había en el taller, todos los movimientos, cada frase... al final resulta que el espejo era muy pequeñito, cuando Phillip Jorda vió la escena por primera vez me dijo que tenía todo el escenario para moverme; así pasé a ensayar a la sala de espejos donde al tiempo había otros 6 concursantes ensayando también. Nos turnabamos para vernos desde que había uno que lo autorizaba. Luego era miércoles, los últimos ensayos, el texto definitivo en una nueva hoja.

 

Miércoles en la tarde, en el escenario, las luces en frente mio, no veía al publico, solo a Cucub que contaba su historia; aquella de la magia y como el odio eternal cortó su cuerpo en dos, y él seguía cantando, contando su historia... Ya el aeropuerto hacía rato que había pasado, todos los trámites interminables de la Visa, si, soy un colombiano que va a Francia a una audición, si, acá estoy lleno de sueños, no son solo míos, pero cómo es posible que no pueda viajar ?; pero es solo una escala de dos horas en España, si, mi visa de concurso solo es solo valida en Francia, pero estaré solo dos horas en Madrid... escuche usted no entiende, tengo una audición, tengo que viajar... tengo que viajar... 1 hora después y la supervisora de Iberia autorizaba de milagro cambiar mi viaje a uno de Air France, volaría directamente a París, asi que allí estaba el avión plateado en el que cruzaría el océano, después de reírme un poco con los policías al revisar mi marioneta dentro de su cabeza.

 

Ya había pasado la audición inicial, en la que al salir tuve un dolor tan profundo en el estomago, como si todo el estrés de los meses anteriores, de la embajada y el aeropuerto llegaran de un solo taco, no podía ni moverme, pero sucedió al cruzar la puerta del TIM, habia pasado la audición inicial...

 

Tarde de primavera en Charleville, Cucub decía su ultima frase: si vous me demandez pourquoi je chante, c’est parce qu’en marchant dans ce monde, j'ai appris que la haine prend peur quand les hommes chantent.

 

Lairailararilairarai... lau lau lau la lau lau lau la....

 

Cucub monta en su caballo y sale de la escena, ahora solo tendría que esperar a los 33 participantes que me seguían.

 

Y escribo ahora casi un año después, como estudiante de l'ESNAM, orgulloso de mi Tierra Fértil, lleno de sueños, pensando en cada uno de ustedes que me han traído hasta acá, en las montañas y en la música, en los taitas y sus cantos.

 

Jorge Mario Agudelo Echeverry

 

Les dejo un poema dedicado a los marionetistas, escrito por mi maestro Lobo:

 

"Las manos del Ensueño"
Yo los he visto ...
incansables , eternos trashumantes
laderos del viento
cruzando las veredas dibujadas de mi infancia
bajo un cielo de intemperies y algarabías.

 

Los he visto ...
cabalgando en un silvido
gallardos sujetando seguros
el estandarte de su sino
imponiéndose gigantes
desbandados en tropeles
humildes guardianes del anhelo.

 

Yo los he visto ...
emergiendo desde la profundidad desnuda
revestidas las manos del ensueño
abrazar las soledades de su entrega
contando una y otra historia
en ademanes de muñecos
transcurriendo por espacios infinitos ...
del retablo hasta la risa.

 

Los he visto ...
arruyados por un canto tinto
meciéndose en las cuerdas de guitarras
hasta quedar dormidos en las bocas de los jarros.
Apagándose en hogueras trasnochadas
para encenderse de nuevo en otros cantos
entonados por las bocas de poetas.

 

Yo los he visto …
Si me preguntan les diré :
ciertamente los he visto …
Asomando tímidos el alma
entre los velos remendados
ocultándose en leyendas
que los nombran para siempre.

 

Daniel Lobo
La Feliz Comitiva

______________________________________________________________

Impressões de uma brasileira em seu primeiro mês em Charleville-Mézières
Ça va très bien !

Thais Trulio
Foto de Jorge Agudelo

 

Bom, nos preparativos para a vinda, após ajuda de inesperável grandeza dos amigos dos quais eu me despedia, começo a encontrar gentilezas do lado de cá. Precisava de casa durante 14 dias antes das aulas começarem, durante o Festival. No trajeto aeroporto- estação de trem - casa, dividi o peso das malas com quem já carregava as suas. E me hospedaram.

 

E começo a observar a diferença de comportamento entre brasileiros e franceses que eu não havia notado durante os vinte dias que estive na França para o concurso. Francês gosta de falar. Sim, brasileiros também gostam, mas, a diferença, na verdade, é que francês não fala, discorre. Eles degustam as palavras. Parece que eles cuidam pra que cada palavra esteja no seu lugar. Parece realmente um cuidado. E me disseram: “Mas fique calma! Você vai aprender rápido o francês. Você está rodeada de pessoas que falam um francês muito bom”. É. Eles tomam cuidado pra falar bem. Talvez seja por isso que existem tantas saudações. Evandro, mineiro e morador de Charleville, diz: “Francês está sempre desejando alguma coisa boa procê”. Mas isto foi realmente complicado de início porque eu me sentia mal educada. Principalmente nas padarias. Eles são muito gentis nas padarias. Depois que eles te dão o pão você tem que dizer: “Obrigada. Até mais. Tenha um bom dia”. Daí a pessoa vai dizer: “Muito obrigada. À você também. Até mais”. E você diz: “Obrigada. Até mais”. Não é regra, claro. Mas é mais ou menos assim que as coisas funcionam por aqui. E isso é muita coisa pra quem está acostumado a dizer só “obrigada”.

 

Existe alguma palavra que está para cozinhar assim como degustar está para comer? Se existir, é isso que francês faz com a comida. E brasileiro diz: “A comida daqui é cheia das nove horas”. São tantos temperos diferentes, queijos diferentes. Tanta mistura de ingredientes e tudo a olho. As refeições são super leves e em pouca quantidade. Ainda não encontrei ninguém que goste de verdade de feijão. Todos dizem que é pesado demais. Eles não entendem como alguém pode comer feijão todos os dias.

 

Durante o festival o que vi foi uma cidade lotada, onde o público se alvoroçava toda vez que ia começar um espetáculo na rua. Era a oportunidade de pegar um bom lugar porque se sabe que uma rodinha de gente logo vira multidão e que, às vezes, é melhor dar a volta no quarteirão porque vai ser difícil de passar por uma rua onde tem uma multidão de gente assistindo um espetáculo! E a cada quarteirão víamos 3, as vezes 4 espetáculos sendo apresentados. Tinha gente do mundo inteiro que veio à Charleville para aproveitar o festival, artistas ou não.

 

Mais de 130 companhias na programação do festival mais os grupos e artistas que não estão na programação do festival e que preenchem as ruas. Tudo isso numa cidade de 50 mil habitantes.

 

Num domingo de manhã: “A cidade está diferente hoje. Ah, sim! É o último dia de festival”. Não era triste. Parecia saudade, mas era despedida. Não precisei andar muito pra ver gente carregando cenários, colocando dentro de um caminhão, gente com malas de rodinhas, mala nas costas, trailers indo embora. O camping ia ficando vazio, as tendas iam sendo desmontadas, os barcos já eram poucos. A cidade era inteira assim. E no dia seguinte: Bonjour, Charleville! É assim que você é, então?

 

Bastante calma. Calma demais pra quem nasceu e cresceu em São Paulo e que achava Belo Horizonte um pouco parada. Daí começou a esfriar e garoar. Puxa, que saudade da garoa da minha terra, que eu não encontrava em BH. Sim, para a minha sorte eu gosto da garoa e do friozinho porque me disseram que o sol não dá muito as caras por aqui, não. Estamos no primeiro mês do outono e, ai, chegamos aos -4°C! Eu não faço ideia do que me espera.

 

Thais Trulio

 

 


Taller "Los Desdoblamientos del Cuerpo", grupo Caixa do Elefante de Porto Alegre, Brasil
Enero del 2012

 

Morro Reuter, 12 de fevereiro de 2012.

 

 

À UNIMA
Comissão América Latina - CAL
A/C Srª Susanita Freire

RELATÓRIO DE ATIVIDADE

Com nosso mais sincero agradecimento a essa instituição – da qual somos orgulhosos de pertencer – vimos, por meio deste relatório, apresentar as atividades desenvolvidas durante o curso “Desdobramentos do corpo”, ministrado por nossa companhia, CAIXA DO ELEFANTE TEATRO DE BONECOS, e coordenado por mim, Paulo Balardim, Carolina Garcia e Mário de Ballentti.

O curso foi realizado aqui em Morro Reuter, RS, em meio à mata nativa, num espaço paradisíaco chamado Vale Arvoredo, destinado à criação, formação e residência artística, ocorrendo da seguinte forma: Primeira turma, de 23 a 30 de janeiro e segunda turma, de 30 de janeiro a 06 de fevereiro.

Durante a realização do curso, foram abordados aspectos técnicos referentes à estrutura elementar da poética da animação teatral, sob o ponto de vista da retórica do corpo do ator. Assim, os trabalhos foram calcados na prática corporal do ator, que permite a conscientização de sua ocupação no espaço e suas dinâmicas de interação com os objetos/bonecos animados. Ênfase também foi dada aos elementos que compõem a gramática elementar da prática do teatro de animação, tais como foco, eixo, nível, ponto fixo, economia de meios e status do ator-animador dentro da dramaturgia específica para a linguagem da animação. As atividades foram realizadas em sala fechada e ao ar livre, propiciando a integração dos participantes com a natureza, de forma harmônica. Essa experiência mostrou-se de inigualável aprendizado, pois através dessa integração, a própria natureza humana revelou-se criativa e apta a desenvolver suas potencialidades de forma integral e sustentável. Uma vez que propiciamos o sentimento de pertencimento no meio ambiente aliado à comunhão e engajamento do grupo, sob a perspectiva do autoconhecimento e aprimoramento profissional dentro da área do Teatro de Animação, consideramos que obtivemos os resultados almejados. Acreditamos que, além do resíduo de conhecimento técnico com o qual os participantes retornaram aos seus lares, eles também retornaram com a certeza de que é possível o aprimoramento pessoal em busca de um mundo melhor.

Sob esse aspecto, a participação da UNIMA neste curso vem ratificar seu compromisso não apenas com a arte, mas também com a transformação e aperfeiçoamento de valores humanos tão essenciais à nossa conturbada era.

Para a primeira turma, obtivemos o apoio da CAL através de 02 (duas) bolsas, com o intuito de privilegiar e apoiar a formação de associados..
Através de ampla divulgação, obtivemos a inscrição de 07 associados UNIMA para concorrer às bolsas, abaixo nomeados:

Alex de Souza (SC)
Izabela Quint (SC) Carmela Antonia Nuñes (Cuba)
Leovaldo Diaz Fernandez (Cuba)
Tâmara Couto (Uruguai)
Cristiane Amador (PE)
Kátia de Arruda (SC)

Inicialmente, dois foram os associados contemplados através de seleção curricular e política de relacionamento internacional: TAMARA COUTO (Uruguai) e CARMELA ANTONIA NUÑEZ (Cuba).
Devido a problemas particulares, CARMELA ANTONIA NUÑEZ declinou à bolsa. Assim, com tempo hábil, pudemos re-avaliar os currículos dos candidatos e realizar nova seleção, contemplando a associada CRISTIANE AMADOR (Recife, PE).

No prazo estipulado através do acordo com a CAL, recebemos o valor referente às bolsas através de depósito em conta corrente.

Temos certeza de que o evento foi um sucesso tanto do ponto de vista da formação profissional, através da troca de conhecimentos, quanto da formação de indivíduos mais sintonizados com valores essenciais à nossa existência.

Para a UNIMA, para a CAL e para a Srª Susanita Freire, fica o registro de nosso mais sincero agradecimento, respeito e admiração pela incessante luta em prol da reafirmação desses valores humanos através de nossa arte. Arte que, como afirma Charles Magnin, possui todas as outras dentro de si.

Certamente, não apenas todas as outras artes, mas, também, a própria vida como objeto de investigação e transformação.

Atenciosamente,

Paulo Balardim
CAIXA DO ELEFANTE TEATRO DE BONECOS

______________________________________________________________

 

“Desdoblamientos en un paraíso"
por Tamara COUTO (Uruguay)

 

Fue una gran alegría para mi saber que había sido seleccionada. Realmente tenía muchas ganas de hacer este curso, y por eso las expectativas eran enormes. Debo decir que fueron colmadas y superadas.

Al llegar a Porto Alegre tuve 10 horas de espera en la Rodoviaria. Fue mi primera espera larga y ahí empezó mi aprendizaje... nunca comas feijao en la Rodoviaria... seguro que te cae mal.
El viaje hacia Vale Arvoredo fue increíble, ir poco a poco entrando en aquel paraíso. Los caminos serpenteaban y morros, morros por todos lados. Era de noche y nos esperaban con una rica cena, velas, ricos aromas, empezamos a sentirnos mimados.

Todo el curso se dividió entre mucho conocimiento y contacto con la naturaleza. Estar ahí, lejos de todo, exclusivamente para aprender, para ejercitar, para entrenar. Era el ambiente ideal, el lugar ideal y las personas ideales.
Me encontré con un mundo nuevo de cosas. Poner en palabras y práctica lo que uno hace de manera intuitiva, encontrar respuestas, aprender nuevas formas. Volví con un caudal enorme de conocimiento.
Fue muy intenso, teníamos 9 horas de curso diario, era imposible pensar en otra cosa y eso nos permitió entrar en estado, tener un "viaje".
Los docentes eran tres, una perfecta combinación de los tres. Carol (García), con un trabajo físico en función de los muñecos, en la disociación, en el estado ideal para poder trabajar, Paulo (Balardim) con una cantidad de conocimiento teórico impensable, una interpretación y un amor por el teatro de muñecos enorme y Mario (De Ballentti) con una manipulación impecable y consiente que le permitió transmitir con mucha claridad. Con esa combinación no se puede fallar !

Tenían todo pensado, desde las sesiones de cine a la noche, el fogón gigante, los paseos por las cascadas y el baño en el río. Claro que también el camino que el curso iba tomando, fue avanzando con nosotros, nos hicieron avanzar con él.
Debo decir también que me tocaron unos compañeros increíbles, con mucha buena onda y una gran mucha disposición. Teníamos muchas ganas de aprender.
Un capitulo aparte fue para mi el idioma, un viaje... yo era la única que hablaba español. Si bien por momentos fue difícil también fue muy divertido.

Estoy francamente muy agradecida, con la Comisión para América Latina de UNIMA por otorgarme la beca y con Caixa do Elefante por abrirme un camino y ser tan profundamente generosos con las transmisión de conocimiento.
Nunca voy a olvidar esta experiencia, y a partir de este momento van a estar en cada uno de los espectáculos en los que participe.

Gracias! Gracias! Gracias !
Tamara COUTO, Montevideo - Uruguay

.

______________________________________________________________

 

O que fazer com tudo isso ? Com esse novo universo ?
Depoimento de Ivan Faria (R.J) - Aluno da 1ª turma (Brasil)

Já desfiz as malas, arrumei a casa..., mas ainda não cheguei. O corpo físico anda em velocidade muito rápida nos modernos meios de transporte. Mas o outro corpo (o que recorda, que tem ânima e que anima) esse corpo vem lentamente transitando pelo espaço afetivo. Talvez por isso o estranhamento.

Me dei conta de que é desajustado andar com os sapatos apertados, pisar sobre o cimento plano das calçadas. Porque o chão deveria ser plano se os corações são irregulares ?
Andei pela rua e não estava na mesma freqüência das outras pessoas. Ando mais lento, mais ereto (com períneo e glúteos rijos). Vejo focos e eixos por toda parte. Os canais dos sentidos estão abertos, mas a cidade é aterradora na quantidade de sons e imagens e cheiros e tudo o mais. Senti fome às 17h e pensei em rosquinhas e suco de uva. Ria das nossas caras e das nossas piadas. Cantarolava musiquinhas e histórias nossas. Ainda sinto o cheiro da terra e ouço os sons da mata.

Pensei bem a respeito e acho que o que tenho não é saudade. A saudade reside em algo além de nós e tudo isso que aconteceu, definitivamente, não tem um outro lugar que não o meu interior (embora esse interior tenha reflexos nas camadas mais superficiais da pele). Os últimos acontecimentos mudaram minha percepção sobre teatro, arte, comunidade, humanidade. Estou profundamente transformado e ouso dizer que sou um ser humano melhor por toda essa experiência.

O que fazer com tudo isso ? Com esse novo universo ? Não sei. Mas gostaria de fazer algo antes que a poeira baixasse, antes que os impulsos mais primitivos fossem embora. Baseado em algumas conversas que tive com a Maysa pensei em criar um blog coletivo. Sem dúvida a internet pode nos auxiliar, mas me pergunto em que medida a tecnologia constrói amores líquidos e destrói carinhos sólidos. Talvez esse possa ser o nosso desafio artístico.
(...)
Espero que possamos manter contato e dar continuidade a esse trabalho, quem sabe juntos.

Um grande beijo a todos,
Ivan Faria

______________________________________________________________

 

A caixa dentro da caixa
por Cecilia Ripoll

 

A oficina “Desdobramentos do Corpo”, ministrada pela companhia Caixa do Elefante, proporciona uma imersão no surpreendente e vasto universo do teatro animado. Ao longo de uma semana de retiro tivemos aulas durante todo o dia, além de muitas atividades complementares.

 

Nesse tempo de estadia, absolutamente toda e qualquer experiência era incorporada ao processo de descoberta criativa, fosse o material de um sonho que em face de uma noite indevassável da hospedagem se mostrasse em imagens impactantes, fosse uma das muitas castanhas caídas de uma arvore - que posteriormente iria se transformar na cabeça de um boneco; tudo era material para o exercício da cena.
A vida do lugar que nos abrigava junto ao carinho com que fomos recebidos por todos os ministrantes da oficina contribuía em muito no processo de aprendizagem das técnicas transmitidas.

 

Por fim, fomos orientados na construção de breves trabalhos de cena nos quais poderíamos optar pelo tipo de manipulação que gostaríamos de nos aprofundar. Fiquei extremamente surpresa com a possibilidade de unir a contação de uma historia que sempre desejei trabalhar (A Menor Mulher do Mundo - Clarice Lispector) com a caixa de Lambe-Lambe.
Trabalhando com a caixa aberta, sentada ao lado dela, descobri, através das muitas orientações dos ministrantes, as inúmeras possibilidades de jogo entre o ator contador de historias e a manipulação dentro da caixa. Era possível inclusive muda-la de posição, mostrar novas possibilidades ao espectador sobre sua função dentro da cena.

 

De toda a incrível experiência de aprendizagem fica a marca não só da riqueza das técnicas que nos foram mostradas, mas sobretudo do incentivo pela pesquisa e exploração incessante de novas experiências de linguagens cênicas.

 

 


Escuela de Verano de UNIMA 2011 - Tolosa

Solamente sorpresas !!!
por Maysa Carvalho (Brasil)

Todo empezó con la sorpresa de haber sido elegida para una de las tres becas de estudio de la Comisión para América Latina de UNIMA, ofrecida por la UNIMA-España.
Después de mucha prisa, finalmente llegué en Tolosa a las 6 de la mañana. Caminando por la hermosa ciudad encontré una policial que me ayudó a llegar al Topic.
En este momento la vivencia en este sitio encantador iba a empezar.

Luego por la mañana de este mismo día empezó el taller de Philippe Genty. La experiencia en este taller fue increíble, a empezar por las dos personas que estaban a frente del curso, Nancy y Scott. Sorprendente era la manera que los dos tenían para ministrar las clases.
Durante los ejercicios hechos en este taller, tenía la sensación de que conocía a todas aquellas personas hacía años. Y también la sensación de que desde el día 27 de junio hasta el día 04 de julio, el tiempo había pasado más rápido pero muy intenso en todos los momentos.

Fue muy importante comprender teatro en el sentido emocional y racional, con cuerpo y sentimiento, sin olvidar de todas las técnicas que fueron trabajadas de formas blanda y con mucha intensidad.

 

La experiencia que nosotros tuvimos compartiendo nuestras alegrías, tristezas, secretos, superaciones y dificultades hicieron con que el grupo madurara personalmente y profesionalmente.
Mientras hacíamos el curso de Philippe Genty por la mañana y por la tarde de los días 27, 28, 29 y 30 de julio muchas experiencias fueron vividas en otro sitio del mundo del Topic.

El taller era de látex con Javier Gallego, en estos pocos cuatro días conseguimos hacer un trabajo muy gratificante y divertido. De aquel sitio nosotros salíamos con escayola, tinta y látex desde los pies hasta la cabeza, y con muchas ganas de mancharnos mucho más.

Muchas fueron las experiencias vividas en este sitio, pude traer para Brasil muchas ganas de empezar nuevos trabajos además de la madurez que gané en estos tan pocos días de curso, más tan importantes para la vida.

También no puedo dejar de decir sobre las personas tan amables que conocí en este lugar, estas que también hicieron de esta experiencia más increíble.

 

Muchas gracias a la ACTB - Associação Candanga de Teatro de Bonecos, ABTB - Centro UNIMA Brasil y UNIMA España.
Y también a todos los la Comisión UNIMA de la América Latina, principalmente a Susanita que estuvo en contacto directo con nosotros, ayudando y sacando todas las dudas a cerca de todo.

Cariños a todas las personas encantadoras que hicieron que todas estas experiencias pudieran ser vividas por muchos y todavía van a hacer para muchas personas más.

Maysa Carvalho

______________________________________________________________

“Un viaje” en todo sentido !
por Maru Fernández (Uruguay)

La escuela de verano para mi, fue realmente “un viaje” en todo sentido, fue mi primer viaje en avión, sola y además a un océano de distancia de todo lo conocido por mi hasta ese momento.
Y eso, llegar a aeropuertos, papeles, valijas, trenes y al fin de un largo viajecito lleno de nuevas cosas para mi, luego llegaría a la escuela…

Allí conocí a un grupo de verdad increíble, de verdad muy bueno que hizo tener más sentido a todas las clases, ya que con ellos aprendí mucho también.
El curso de Introducción al mundo de Philipe Genty fue muy enriquecedor para mi, Nancy y Scot si que tienen muy claro que quieren “sacar” de sus alumnos y hasta el más cerrado logra abrirse y encontrar un mar de cosas que tenia dentro y no sabía. Además el trabajo del cuerpo fue agotante por momentos pero de verdad muy productiva, en esa semana se vieron cuerpos cambiar, posturas, caminar, el cuerpo…

El trabajo con objetos y con los títeres estuvo muy bueno como para aplicar en pocos minutos lo aprendido días antes, la verdad que lo único “malo” del curso fue la duración, de verdad todos nos quedamos con muchas ganas de más, a pesar de las 5 horas diarias, nos dio un comienzo… ahora cada uno debe seguir su camino, que ojala se crucen en algún momento.

 

El taller de látex también estuvo interesante, el tema para mi es que Uruguay es tan chiquito que hay muchos materiales que aquí no existen, entonces a veces algunas cosas no son aplicables a la tarea diaria, pero bueno tal vez lleguen los materiales y en ese momento estaré con capacidad para usarlos.
Los profesores evacuaron todas las dudas, teniendo en cuenta los distintos puntos de partida, ya que había gente que nunca había usado látex y gente que lo usas siempre y dentro de esa diversidad se generó un muy lindo ambiente de trabajo, en donde todos ayudábamos a todos, unos hacían yeso, otros le daban al secador y así salió, todos pudimos llevarnos la cara que habíamos modelado con todo listo.

Las conferencias siempre son interesantes para intercambiar experiencias, para darse cuenta que uno no está sola…que a todos nos pasan cosas, dudas, y viendo e intercambiando se puede aprender de las experiencias de otros.
De verdad agradezco a Unima por esta oportunidad, y pueden estar tranquilos de que para mí ha sido un gran aprendizaje y crecimiento en todo sentido, personal y profesional.

Un abrazo a todos.
Maru Fernández

 

 

 


IX Escuela de Verano de UNIMA 2010 - Tolosa, Julio de 2010

Calambres !!
por Rafael Brozzi (Chile)

 

Debo decir que no es fácil expresar tantas cosas vividas, realmente es muy interesante el trabajo que se ha realizado, los cursos a los que pudimos asistir, estaban dirigidos por verdaderos profesionales, me refiero a que no solo sabían mucho en su área, sino que además sabían comunicarlo.

 

Pablo Baldor, profesor del curso de vos y su famoso “tono fundamental” (a Santi le sale muy bien), con el que pudimos compartir dos días a full, con mucho agua y ejercicios, donde aprendimos a conocer un poco mas sobre técnicas de respiración, la posición corporal, los sonetes, masajear el paladar blando, etc..
Luego vino el Guerrero…nos dio caña con la gimnasia...agujetas decían mis compañeros del curso...que agujetas?...CALAMBRES!!, digo yo.

 

Eduardo Guerrero impartió las clases de manipulación de títeres para televisión, jamás pensé que podía llegar a ser tan complicado manejar un muñeco para televisión, la disociación de movimiento tiene su asunto frente a los monitores, picar la mirada, mirar la cámara, movimientos justos y necesarios para no ensuciar una imagen. Muy bueno, realmente interesante.

 

Tuvimos la oportunidad de asistir, en una ceremonia que realizo el TOPIC a Margareta Niculescu, en la entrega del Premio Gorgorito, por los años dedicados a los Títeres.
Margareta contó algunas historias de su vida.

He subido un video en youtube con este link: Video Taller de Manipulacion Tolosa 2010

Con la idea de recrear un poco más lo que vivimos.

 

Del TOPIC tengo para decir muchas cosas, pero no puedo hacerla tan larga, solo voy a decir que es alucinante, empezando por el pedazo de sala que tienen con esas butacas súper modernas y ese escenario que gira, siguiendo por la biblioteca, donde estuve mirando algunos libros, pasando por el museo, que es algo muy bien diseñado, muy especial y diferente, y terminando por los baños, lindos amplios y modernos.

 

 

Para finalizar, quiero agradecerles a todos los que hacen posible nuestra participación en estos talleres, que buscan enriquecernos de experiencia y que sin querer también llenan nuestro corazón de alegría.

 

Yo siempre pienso que ser titiritero es lo mejor que me podía haber pasado en la vida, y estos dos cursos a los que pudimos asistir mis colegas y yo, lo demuestra.
Estar en un lugar maravilloso y con tanta historia como es el TOPIC y con colegas y amigos, no es para menos.

Gracias a Idoya, Miguel y su grupo encantador de gente del TOPIC.
Gracias a Pilar, que estuvo ahí asistiéndonos. A Pablo Baldor y Eduardo Guerrero, que nos regalaron parte de todo lo que saben.
Obviamente a Susanita Freire, que fue la persona que nos contactó, comunicó y nos asistió por Internet, y la Comisión para América Latina de Unima y a la UNIMA Federación España y finalmente agradecerles la paciencia que han tenido conmigo mis compañeros: Diego, Eva, Jordi (apaga el móvil en la noche), Marga, Graciela, Raquel, Juanma, Santi, Nahuel, Freddy, Maria José, Omar (como ronca), Víctor y Mariam.

 

Rafael Brozzi desde Chile

 

 

 

 

______________________________________________________________

Nuestra experiencia en la Escuela de Verano en Tolosa
por Graciela Molina (Argentina)

 

Hola Susanita,
Ya lista y en Córdoba para contarte parte de nuestra experiencia en la Escuela de Verano en Tolosa.
Primero resaltar la calidad humana de los compañeros titiriteros que organizaron esta hermosa iniciativa: el perfeccionarnos en la profesión intercambiando saberes.

 

El Topic, un Centro realmente dedicado por completo al arte de los muñecos, con una exposición formidable que reúne 1.600 piezas titiritescas de diversas culturas y tiempos.

Quedamos todos muy impresionados con tamaña "obra", ya que el edificio y sus instalaciones son de última generación.

 

Quince fuimos los alumnos que asistimos y compartimos los dos talleres: el de voz, dictado por un profesor especialista en el manejo vocal: Pablo Baldar; y el de títeres en la TV: Eduardo Guerrero. Ambos, hicieron incapié en la importancia de nuestro cuerpo como mediador artístico, resaltando las posibilidades expresivas que nos brinda estar sanos y ágiles al momento de la actuación.

También observaron que los titiriteros no estamos acostumbrados al ejercicio físico, llegando a las funciones con el "cuerpo frío" y sin gran elasticidad, todos coincidimos en una parte de esa verdad, y trabajamos estos días comenzando a "mover" nuestro cuerpo.

 

La técnica televisiva, desconocida para muchos, nos sorprendió con un nuevo lenguaje, accediendo rápidamente a comprender las diferencias y asumir nuestras dificultades al instante enfrentando una "cámara" y limitando nuestros movimientos al espacio visual de este "ojo" tan especial y diferente al ojo humano (al que estamos acostumbrados con nuestro maravilloso público).
Siete horas diarias de trabajo intenso, compartiendo "agujetas" (allá le dicen así a los dolores musculares que nos quedan después de tanto esfuerzo), risas, comidas, bromas y demás yerbas. El alojamiento muy bueno y la armonía imperante en el grupo fue maravillosa.

 

Gracias a la Unima Federación España por brindarnos la beca a cinco latinoamericanos y a la Comisión para América Latina apoyando nuestro viaje con doscientos euros a cada uno. Yo particularmente pude comprar bibliografía y muñecos que se vendían en la hermosa tienda del Topic.
Agradezco a todos los compañeros de Unima Argentina, en especial a Tito Lorefice y Nelly Scarpito, quienes facilitaron el acceso a la beca permitiendo mi inscripción y pago de cuotas internacionales.
Agradezco a Susanita Freire por su representación tan eficaz, comunicando noticias previas a nuestro viaje. Asimismo a los organizadores en Tolosa: Idoya Otegui, Miguel Arreche, Encarni Genua.

 

Espero que sigan otorgando becas a todos los titiriteros profesionales que anhelamos seguir creciendo (no importando nuestra edad ni experiencia), porque estoy segura que cuando se comparte los conocimientos, aseguramos un incremento de creatividad en todas las producciones artísticas que nos proponemos realizar.

 

Elevar la calidad, perfeccionar lo conocido, adquirir nuevas herramientas y lenguajes técnicos, compartir vivencias profesionales, aprender a gestionar y producir, en fin: CRECER EN EL ARTE DE LA ANIMACIÓN, repercutirá en la historia que escribimos a diario en cada sociedad que se precie de tener buenos y dedicados artistas de la comunicación a través del Teatro de Muñecos, Objetos o formas animadas.

 

Gracias entonces a todos y cuando me necesiten: allí estaré para contar lo aprendido y producir curiosidad en otros titiriteros para que se animen a seguir adelante luchando por la profesión que amamos.
Con cariño a todos

 

Graciela Molina
Los Títeres de Moñito
Córdoba - Argentina
La Casa del Títere - La Rioja 800
http://www.lacasadeltitere.com.ar
Blog: http://lacasadeltitereacc.blogspot.com

 

______________________________________________________________

 

HABEMUS BECAS (Parafraseando la nota “Habemus Tepic” de Santi)
por Mariam Ghougassian (Uruguay)

 

Comencemos por el principio.
Mi llegada a Tolosa no fue fácil. Gracias a los controladores aéreos franceses, perdí el bus y dormí una noche en la estación de Barcelona. Digámoslo así, mi primer encuentro con la ciudad de Gaudí no fue precisamente un Idilio.
Pero luego de muchas idas y vueltas (que se repetirían nuevamente), por fin llegue a Tolosa.
Lo primero que aprendí en este curso fue al llegar a la ciudad, en la estación de tren a las 12 de la noche. La amabilidad se devuelve. Es así. Si uno es amable, la respuesta es la misma.
Al bajarme del tren lo primero que pensé fue: “Y ahora, ¿adonde voy?
Evidentemente mi falta de dirección se notaba…hasta que alguien vino al rescate.
“_Te noto un poco perdida, ¿hacia donde vas?”
“_Voy a la plaza Euskalerria, al TOPIC”_respondí un poco incrédula.
“_Vale, si quieres te acompaño, yo se donde queda”
Caminamos un poco mientras me preguntaba de donde era.
“Soy Uruguaya”, le respondo.
“Joder, están teniendo un gran mundial”, me responde.

 

 

Finalmente llegamos a la plaza.
Me despido de mi guía….y la plaza me recibe con sus luces y su música.
Es noche de San Juan.
Me instalo en mi habitación y espero.

 

Soy la primera en llegar.

 

Rápidamente me cruzo con Rafa a quien conocía mediante Internet.
La red virtual que todo lo une…
Nos cruzamos con Eva y Juanma, y vamos a por unas cervezas de bienvenida...
Tolosa es Mágica.

Un lugar detenido en el tiempo escrito en piedra. Es lindo perderse en sus callecitas empedradas, mirando siempre hacia arriba para no perderse sus balcones.
Debo decir que también se come súper bien !!

 

 

Si tengo que decir algo sobre el curso…aun estoy sacando conclusiones.
Lo que si puedo decir, es que supero absolutamente mis expectativas.

 

Ambos cursos, el de voz dictado por Pablo Baldor y el de manipulación para TV por Eduardo guerrero fueron absolutamente intensos.
Llenos de información práctica y teórica, vivenciales para que cada uno pueda sacar fruta del material dado.
Agradezco enormemente la generosidad con la que se brindaron para con nosotros Pablo y Eduardo. No es fácil encontrar personas tan generosas en este medio.
Y ellos lo son con creces.
También quiero agradecer a Pilar, Idoya y Miguel por hacernos sentir como en nuestra casa. Y mis felicitaciones para Miguel e Idoya por el fantástico TOPIC…entrar al museo es como volverse Peter Pan…uno deja de crecer y vuelve a tener 5 años.
Ahora….a mis compañeros.

 

Gran parte de lo fantástico de esta experiencia fueron las maravillosas personas que durante 8 días compartieron risas, conocimientos, alguna que otra bronquita, mucho trabajo, cansancio y sobre todo cariño.
Aquí voy con ustedes !
Para: Eva, Marga, Graciela, Raquel, Mariajo, Juanma, Juan, Santi, Nahuel, Rafa, Freddy, Víctor, Omar, Jordi….todo mi cariño y un gran SALÚ! Por todas las agujetas compartidas !!
Ya nos volveremos a ver pronto !


Esta carta rápidamente se ha transformado en un inmenso GRACIAS...creo que así es como debía de ser.
Antes de terminar quiero también agradecer (nobleza obliga) a UNIMA ESPAÑA y la Comisión para América Latina de UNIMA , sin tanto esfuerzo de parte de ustedes nunca hubiera podido vivir semejante experiencia.
Ahora si…el final.


Parafraseando a mi nuevo amigo Santi… “HABEMUS BECAS, HABEMUS TITERES, HABEMUS AMIGOS”.
Espero que puedan sentir aunque sea un poquitito toda la alegría que viví esos ocho días.

 

Mis cariños para todos.
Mariam Ghougassian (Uruguay)

 

______________________________________________________________

A Nona Escola de Verão foi excelente

Queridos amigos de ABTB / UNIMA e da Comissão para América Latina,

A Nona Escola de Verão foi excelente, sob todos os aspectos, o encontro com os irmãos titiriteiros, a convivência nessa encantadora cidade de Tolosa, a estrutura do Topic e a amabilidade e carinho com que nos trataram foi algo aconchegante e fraterno.

 

Os cursos de voz ministrado por Pablo Baldor e o de manipulação de bonecos para televisão e vídeo por Eduardo Guerreiro foram maravilhosos. Em ambos os cursos houve uma dedicação muito grande dos ministrantes como também um grande empenho de todos que participaram.

 

Formamos uma turma unida e solidária e aprendemos muito uns com os outros, o que fez da nossa convivência um outro momento de aprendizado e troca de experiências. Um momento marcante desse encontro foi a conferência de Margareta Niculescu que foi homenageada com o prêmio “Gorgorito”.

 

Enfim! Uma grande oportunidade de crescimento. Agora é arregaçar as mangas e usufruir desse aprendizado e compartilhá-lo com os que não tiveram a oportunidade de estar lá. Um grande abraço a todos. Muito obrigado a UNIMA Federación España e CAL / UNIMA por nos ter proporcionado está tão rica experiência.

 

Muchas gracias.
Fortaleza, 16 de julho de 2010.
Omar Rocha (Brasil)

 

 

 

 

______________________________________________________________

Tolosa y la experiencia del Curso de Verano 2010
UNIMA-España

por Jordi Valderrama (Perú)

 

Llegado a Tolosa empecé por ver su magnífico paseo de árboles el que me llevó al Casco antiguo donde se halla el ayuntamiento y el TOPIC el Centro Internacional del Títere más importante de España.
Antes de llegar a él donde recibiríamos las clases me detuve a ver a un compañero, Rafael de Argentina el que hacía las delicias de los Tolosanos con su parada convertible y sus títeres músicos y su coreografía de flamencos rayados. Así de entrada Tolosa se mostraba como cuna adecuada de la fama que la precedía y el museo interactivo del TOPIC confirmaría luego largamente esta bien ganada fama.

Durante una semana compartí y departí con otros 14 titiriteros algunos venidos de cerca y otros de allende los mares. A través de la maestría, generosidad y entrega de los profesores intercambiamos y convivimos observando y apuntando para desarrollar este siempre creciente anhelo de perfeccionarnos.

 

Esta vez la voz y los títeres para televisión fueron los que nos movieron. En mi caso desde Perú para encontrarme con nuevas respuestas para las antiguas preguntas de siempre, les agradezco a los organizadores del curso por su eficacia y eficiencia.

 

A los maestros por sus consejos y disciplina y a mis compañeros por la sed y hambre de conocimiento, los que me siguen confirmando la fé y esperanza en el género humano, sobre todo de aquellos que provienen de los que han depositado su amor en esos seres “inanimados” que son capaces de decirlo todo, gracias a mis colegas, a los titiriteros.

 

Finalmente debo de agradecer a Miguel Arreche, Idoya Otegui, Miguel Delgado, Pilar Suárez y a Susanita Freire la oportunidad brindada y el esfuerzo que conlleva la magnífica organización que desplegaron.

Una imagen dicen que habla más que mil palabras así que aquí les incluyo algunas de esas imágenes que atesoraré en mi memoria.

 

Un fraternal abrazo camaradas Titiriteras y Titiriteros.
Jordi Valderrama
Director y Profesor de Teatro (Perú)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

BECAS COMISION DE INTERCAMBIO CULTURA DE LA UNIMA

Presidente: Angel Casado - ver la pagina en el sitio principal de la UNIMA

 

 

AYUDAS PARA ASISTENCIA A FESTIVALES

La Comisión de intercambio cultural ha creado una extensa Red de Festivales que ofrecen su colaboración para facilitar la asistencia de socios de Unima (y estudiantes) interesados en conocer la organización, programación o características de dichos festivales.

 

Les invitamos a descubrir la información sobre los festivales que integran esta red y las condiciones necesarias para asistir a los mismos.

 

Las plazas son limitadas, motivo por el cual los interesados deben solicitar a la Comisión de Intercambio cultural las becas con antelación.
Tambien, pueden leer cartas de becarios que describen todo el interes que encontraron en este programa.

 

Información y Condiciones

Lista de Becas Disponibles

Cartas de Becarios